Rio92 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/133388/all pt-br Brasil lidera esforço mundial de conservação do meio ambiente, diz ONU https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-03/brasil-lidera-esforco-mundial-de-conservacao-do-meio-ambiente-diz-onu <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/AgenciaBrasil030313ACDSC_6472.JPG" style="width: 300px; height: 225px; float: right;" />Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - &Agrave; frente do secretariado executivo da Conven&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Diversidade Biol&oacute;gica (CDB), h&aacute; um ano, o brasileiro Br&aacute;ulio Dias reuniu elementos suficientes para assegurar que o Brasil &eacute; o pa&iacute;s que mais avan&ccedil;ou no esfor&ccedil;o pela conserva&ccedil;&atilde;o ambiental. Nos &uacute;ltimos meses, Dias tem se dedicado a promover a preserva&ccedil;&atilde;o da biodiversidade no planeta, tentando estimular autoridades de todos os continentes a adotar um novo modelo de desenvolvimento que incorpore a sustentabilidade.</p> <p> O bi&oacute;logo ainda n&atilde;o tem um c&aacute;lculo preciso sobre o quanto se gasta atualmente com a conserva&ccedil;&atilde;o ambiental. Os pa&iacute;ses se comprometeram a levantar os investimentos feitos por v&aacute;rios setores e inst&acirc;ncias de governo, mas n&atilde;o h&aacute; prazo para conclus&atilde;o. Dias aposta que o or&ccedil;amento ideal para garantir a sobreviv&ecirc;ncia dos ecossistemas e estancar desmatamento e perda de esp&eacute;cies ex&oacute;ticas ainda est&aacute; distante de ser cumprido.</p> <p> Atualmente, o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em ingl&ecirc;s) gasta US$ 2 bilh&otilde;es anualmente em a&ccedil;&otilde;es de conserva&ccedil;&atilde;o ambiental e deve concluir, at&eacute; o final do ano, a nova rodada de negocia&ccedil;&atilde;o com doadores para o pr&oacute;ximo per&iacute;odo de 4 anos. As na&ccedil;&otilde;es desenvolvidas tamb&eacute;m se comprometeram a dobrar seus or&ccedil;amentos para a &aacute;rea at&eacute; 2015, considerando tanto investimentos internos como acordos bilaterais e doa&ccedil;&otilde;es. &nbsp;</p> <p> O secret&aacute;rio executivo da CDB afirma que muitas a&ccedil;&otilde;es dependem menos de recursos financeiros e de mais vontade pol&iacute;tica e garante que, se os pa&iacute;ses adotarem metas de desenvolvimento baseadas em padr&otilde;es sustent&aacute;veis, a conta poderia ser significativamente reduzida.</p> <p> Para Br&aacute;ulio Dias, a batalha pela conserva&ccedil;&atilde;o ambiental n&atilde;o pode se concentrar mais apenas nas m&atilde;os dos &oacute;rg&atilde;os ambientais, mas tem que incluir todos os setores econ&ocirc;micos e a sociedade. Apesar de reconhecer o crescimento do n&iacute;vel de consci&ecirc;ncia da popula&ccedil;&atilde;o sobre o problema, o bi&oacute;logo afirma que essa responsabilidade ainda &eacute; mais te&oacute;rica do que pr&aacute;tica e as pessoas ainda n&atilde;o se veem como parte do problema.</p> <p> A seguir, os principais trechos da entrevista concedida por Br&aacute;ulio Dias &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>:</p> <p> <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> &ndash; Qual o principal gargalo no esfor&ccedil;o para que as na&ccedil;&otilde;es se comprometam politicamente e economicamente com a conserva&ccedil;&atilde;o ambiental?<br /> <strong>Br&aacute;ulio Dias</strong> &ndash; Um &eacute; a quest&atilde;o financeira para apoiar a implementa&ccedil;&atilde;o da conserva&ccedil;&atilde;o ambiental no mundo e outro &eacute; o engajamento dos diversos setores. O avan&ccedil;o da conserva&ccedil;&atilde;o da biodiversidade n&atilde;o depende apenas da &aacute;rea ambiental de cada pa&iacute;s. A gente precisa envolver o setor agr&iacute;cola, de energia, pesca, floresta, transporte, minas e energia e todos os outros que utilizam a biodiversidade. Cada um tem de fazer sua parte.</p> <p> <strong>ABr</strong> &ndash; No esfor&ccedil;o pela preserva&ccedil;&atilde;o ambiental, como est&aacute; o Brasil?<br /> <strong>Dias</strong> &ndash; O Brasil &eacute; visto como o n&uacute;mero 1 em termos de biodiversidade mundial e todo o mundo fica de olho, esperando a lideran&ccedil;a brasileira. O pa&iacute;s tem mostrado capacidade de avan&ccedil;ar nesta agenda ambiental: conseguiu reduzir desmatamento. O Brasil &eacute; um dos poucos pa&iacute;ses que tem, em lei, exig&ecirc;ncia de compensa&ccedil;&atilde;o ambiental para investir em &aacute;reas protegidas quando houver impacto de algum empreendimento. &nbsp;</p> <p> <strong>ABr </strong>&ndash; Que negocia&ccedil;&otilde;es ambientais est&atilde;o sendo realizadas hoje?<br /> <strong>Dias</strong> &ndash; Na &aacute;rea de biodiversidade, conseguimos, em Nagoia, aprovar 20 metas globais. Muitas delas quantitativas. Na &uacute;ltima Confer&ecirc;ncia das Partes, que ocorreu na &Iacute;ndia, em 2012, conseguimos aprovar uma s&eacute;rie de indicadores de biodiversidade. O objetivo &eacute; que toda meta tenha, pelo menos, um indicador. Temos acordo dos pa&iacute;ses sobre v&aacute;rios indicadores, mas algumas metas ainda precisam de mais discuss&atilde;o e mais testes at&eacute; que haja a aceita&ccedil;&atilde;o de todos.</p> <p> <strong>ABr</strong> &ndash; Quais s&atilde;o os custos para a conserva&ccedil;&atilde;o da biodiversidade?<br /> <strong>Dias </strong>&ndash; O custo para a conserva&ccedil;&atilde;o da biodiversidade depende do contexto. Apenas para a conserva&ccedil;&atilde;o de ecossistemas, estima-se que seriam necess&aacute;rios recursos da ordem de US$ 500 bilh&otilde;es at&eacute; 2020. O or&ccedil;amento para reduzir desmatamento, recuperar &aacute;reas degradadas, controlar esp&eacute;cies ex&oacute;ticas invasoras tamb&eacute;m seria significativo. Algumas metas n&atilde;o exigiriam tanto recurso financeiro, mas vontade pol&iacute;tica. Um exemplo &eacute; a reforma de instrumentos econ&ocirc;micos para retirar incentivos perversos e ampliar incentivos positivos.&nbsp;</p> <p> <strong>ABr </strong>&ndash; Qual a import&acirc;ncia do comprometimento financeiro dos pa&iacute;ses em busca de um fundo de recursos?<strong> Dias</strong> &ndash; Esse foi o principal tema tratado na &uacute;ltima Confer&ecirc;ncia das Partes que ocorreu em outubro do ano passado, na &Iacute;ndia. Os pa&iacute;ses concordaram em dobrar o aporte financeiro ate 2015 e isso &eacute; uma sinaliza&ccedil;&atilde;o positiva. Pode n&atilde;o ser o suficiente para financiar tudo o que precisa, mas &eacute; um indicador positivo da disposi&ccedil;&atilde;o dos pa&iacute;ses de investir na biodiversidade.</p> <p> <strong>ABr</strong> &ndash; Quais s&atilde;o as recomenda&ccedil;&otilde;es que podem ser adotadas no dia dia pelo cidad&atilde;o comum?<br /> <strong>Dias</strong> &ndash; A sociedade est&aacute; envolvida e precisa ser mais envolvida. Desde a Rio92 [Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento], o Minist&eacute;rio do Meio Ambiente e outros parceiros t&ecirc;m feito pesquisas p&uacute;blicas sobre o que o brasileiro pensa sobre meio ambiente. As pesquisas mostram que a popula&ccedil;&atilde;o brasileira est&aacute; mais consciente sobre quest&otilde;es relacionadas ao meio ambiente, incluindo a biodiversidade. &Eacute; vis&iacute;vel a maior conscientiza&ccedil;&atilde;o. A Uni&atilde;o para o Biocomercio &Eacute;tico tem feito o Bar&ocirc;metro para a Biodiversidade que mostra que o Brasil &eacute; campe&atilde;o em termos de conscientiza&ccedil;&atilde;o, comparada &agrave; realidade de v&aacute;rios outros pa&iacute;ses. O problema &eacute; a dist&acirc;ncia entre o que as pessoas falam e a pr&aacute;tica. Por exemplo, as pessoas est&atilde;o preocupadas com o desmatamento e isso ficou claro durante a discuss&atilde;o sobre o C&oacute;digo Florestal, que &nbsp;provocou uma grande mobiliza&ccedil;&atilde;o. Mas, quando voc&ecirc; pergunta para as pessoas como elas est&atilde;o incorporando isso no seu dia a dia, no seu consumo e nas atividades na empresa, no bairro e na escola, a&iacute; o n&iacute;vel de engajamento &eacute; muito baixo.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Jos&eacute; Romildo</em></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <em><font face="Verdana, sans-serif"><font size="2">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> </font></font></em></p> Agenda de Sustentabilidade ambiente biocomércio biodiversidade Conferência das Partes conservação Meio Ambiente Nagoia Rio92 Sun, 03 Mar 2013 15:20:21 +0000 jose.romildo 715061 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Consciência ambiental no país quadruplicou, diz pesquisa https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-08-16/consciencia-ambiental-no-pais-quadruplicou-diz-pesquisa <p> Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Os brasileiros est&atilde;o mais conscientes sobre a import&acirc;ncia do meio ambiente do que h&aacute; 20 anos. Na compara&ccedil;&atilde;o entre os primeiros e &uacute;ltimos resultados, divulgados em junho, a pesquisa O Que o Brasileiro Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustent&aacute;vel, realizada desde 1992, mostrou que a consci&ecirc;ncia ambiental no pa&iacute;s quadruplicou.</p> <p> As vers&otilde;es do levantamento mostram, que enquanto na primeira edi&ccedil;&atilde;o, que ocorreu durante a Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, 47% dos entrevistados n&atilde;o sabiam identificar os problemas ambientais. Este ano, apenas 10% ignoravam a quest&atilde;o.</p> <p> Na m&eacute;dia nacional, 34% sabem o que &eacute; consumo sustent&aacute;vel atualmente. &ldquo;Esta &eacute; uma pesquisa que mostra claramente tend&ecirc;ncias&rdquo;, explicou a secret&aacute;ria de Articula&ccedil;&atilde;o Institucional e Cidadania Ambiental do Minist&eacute;rio do Meio Ambiente, Samyra Brollo de Serpa Crespo.</p> <p> Nessa proje&ccedil;&atilde;o, a popula&ccedil;&atilde;o da Regi&atilde;o Sul mostrou-se mais engajada ambientalmente. Mais da metade dos sulistas sabem o que &eacute; consumo sustent&aacute;vel. &ldquo;A diferen&ccedil;a do Sul &eacute; impressionante em termos dos mais altos &iacute;ndices n&atilde;o s&oacute; de acertos mas de atitudes corretamente ambientais&rdquo;, disse .</p> <p> Ao longo de duas d&eacute;cadas, os mais jovens e os mais velhos s&atilde;o os que menos conhecem a realidade ambiental, mas a consci&ecirc;ncia aumentou. H&aacute; 20 anos, quase 40% dos entrevistados entre 16 e 24 anos n&atilde;o opinaram sobre problemas ambientais, assim como mais de 60% dos brasileiros com 51 anos ou mais. Este ano, as propor&ccedil;&otilde;es ca&iacute;ram para 6% entre os jovens e 16,5% entre os mais velhos.</p> <p> &ldquo; Isso tende a mudar ainda mais, porque agora temos todo um trabalho de educa&ccedil;&atilde;o ambiental nas escolas, o que vai refletir nas faixas seguintes ao longo dos anos&rdquo;, disse Samyra, acrescentando que o n&iacute;vel de consci&ecirc;ncia ambiental &ldquo;cresce &agrave; medida que a popula&ccedil;&atilde;o &eacute; mais informada e mora em &aacute;reas urbanas, porque significa acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o. E, na &aacute;rea rural, ainda h&aacute; o habito de queimar o lixo&rdquo;.</p> <p> <strong>Atitudes ambientalmente corretas</strong></p> <p> Samyra afirma que os resultados mostram que a popula&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de mais consciente, mostra maior disposi&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o a atitudes ambientalmente corretas e preocupa&ccedil;&atilde;o com o consumo.</p> <p> A quest&atilde;o relacionada ao lixo, por exemplo, &eacute; um dos problemas que mais ganhou posi&ccedil;&otilde;es no <em>ranking </em>dos desafios ambientais montado pelos brasileiros. O destino, sele&ccedil;&atilde;o, coleta e outros processos relativos aos res&iacute;duos que preocupavam 4% das pessoas entrevistadas em 1992, agora s&atilde;o alvos da aten&ccedil;&atilde;o de 28% das pessoas.</p> <p> Este ano, 48% dos entrevistados, principalmente nas regi&otilde;es Sul e Sudeste, afirmaram que fazem a separa&ccedil;&atilde;o dos res&iacute;duos nas resid&ecirc;ncias. &ldquo;Muitas vezes a disposi&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o encontra acolhimento de politicas p&uacute;blicas. Muitas vezes o cidad&atilde;o separa em casa e a coleta do lixo vai e mistura os res&iacute;duos&rdquo;, disse a secret&aacute;ria.</p> <p> Na an&aacute;lise geral do pa&iacute;s, os &iacute;ndices ainda s&atilde;o baixos, sendo que menos de 500 munic&iacute;pios t&ecirc;m coleta seletiva implantada. Enquanto a separa&ccedil;&atilde;o do lixo &eacute; um habito de quase 80% das pessoas que vivem na Regi&atilde;o Sul atualmente e de mais da metade dos moradores de cidades do Sudeste. No Norte e Nordeste, mais de 60% n&atilde;o separam res&iacute;duos.</p> <p> Entre os problemas ambientais apontados, o desmatamento das florestas continua no topo da lista elaborada pelos entrevistados. &ldquo;A preocupa&ccedil;&atilde;o com rios e mares [que continua na segunda posi&ccedil;&atilde;o do <em>ranking</em>] se eleva a partir de 2006. J&aacute; &eacute; impacto da Politica Nacional de Res&iacute;duos S&oacute;lidos [criada em 2010]&rdquo;, disse ela.</p> <p> &ldquo;O bioma Amaz&ocirc;nia continua sendo considerado o mais amea&ccedil;ado na opini&atilde;o das pessoas&rdquo;, disse Samyra Crespo, comparando as edi&ccedil;&otilde;es da pesquisa. Em 2006, por exemplo, 38% dos entrevistados estavam dispostos a contribuir financeiramente para a preserva&ccedil;&atilde;o do bioma. Este ano, o &iacute;ndice cresceu para 51%.</p> <p> Samyra Crespo ainda aposta que a Pol&iacute;tica Nacional de Res&iacute;duos S&oacute;lidos vai provocar mudan&ccedil;as econ&ocirc;micas, criando um ambiente de est&iacute;mulo &agrave; reciclagem. &ldquo;Temos que trabalhar tanto na desonera&ccedil;&atilde;o da cadeia produtiva, como com a conscientiza&ccedil;&atilde;o ambiental. Os produtos corretos concorrem hoje nas mesmas condi&ccedil;&otilde;es&rdquo;, disse ela, acrescentando que &ldquo;n&atilde;o &eacute; t&atilde;o simples porque voc&ecirc; trabalha toda a cadeia do produto e temos poucos estudos de ciclos do produto&rdquo;.</p> <p> No decorrer dos &uacute;ltimos vinte anos, a popula&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m mudou a forma como distribui as responsabilidades sobre meio ambiente. &ldquo;Em 1992, o governo federal era o maior respons&aacute;vel. Isso vai diminuindo e a responsabilidade foi sendo atribu&iacute;da &agrave;s prefeituras. Continua a tend&ecirc;ncia a achar que &eacute; o governo [federal], mas cada vez mais o governo local &eacute; priorizado&rdquo;, disse Samyra Crespo.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> bioma Cidadania consciência ambiental consciência ambiental no país educação ambiental Meio Ambiente Ministério do Meio Ambiente país pesquisa pesquisa O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável Rio92 Thu, 16 Aug 2012 20:50:39 +0000 fabio.massalli 701256 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Cientistas e comunidades tradicionais discutem em encontro da SBPC mecanismos para integrar saberes https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-07-25/cientistas-e-comunidades-tradicionais-discutem-em-encontro-da-sbpc-mecanismos-para-integrar-saberes <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist699712/prev/AgenciaBrasil25072012ANT7347.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: right;" />Heloisa Cristaldo<br /> <em>Enviada Especial</em></p> <p> S&atilde;o Lu&iacute;s &ndash; Os debates da 64&ordf; Reuni&atilde;o Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci&ecirc;ncia (SBPC) tiveram foco hoje (25) nos saberes tradicionais e na pesquisa cient&iacute;fica. Comunidade acad&ecirc;mica e povos tradicionais discutiram mecanismos para aproximar os tipos de conhecimento produzidos por ambos como forma de enfrentar a pobreza.</p> <p> Para a secret&aacute;ria nacional da SBPC e bi&oacute;loga do Instituto Butantan, Rute Andrade, o distanciamento entre a academia e o saber tradicional foi provocado pela Conven&ccedil;&atilde;o da Biodiversidade, constru&iacute;da na Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92). &ldquo;Depois desse documento, passamos a ter uma exig&ecirc;ncia legal para o acesso ao conhecimento tradicional, que muitas vezes provocou conflitos. A ideia &eacute; que haja um reconhecimento entre os dois saberes para que a gente tenha uma sociedade mais justa e que se consiga a sustentabilidade que tanto se deseja&rdquo;, disse.</p> <p> A advogada do Instituto Ind&iacute;gena para Propriedade Intelectual (Inbrapi), L&uacute;cia Fernanda J&oacute;fej, &iacute;ndia da etnia Kaing&aacute;ng, destacou que os povos tradicionais n&atilde;o t&ecirc;m retorno do conhecimento repassado &agrave;s universidades. &ldquo;Existe uma troca que pode ser feita, os povos ind&iacute;genas e as comunidades tradicionais t&ecirc;m respondido at&eacute; hoje. N&oacute;s temos servido de insumo para a academia, com conhecimentos que t&ecirc;m servido de base de produtos e processos para obten&ccedil;&atilde;o de patentes. No entanto, n&oacute;s n&atilde;o temos recebido isso de volta. N&atilde;o tem tido a reparti&ccedil;&atilde;o de benef&iacute;cios&rdquo;, contestou a &iacute;ndia kaingang.</p> <p> Segundo o antrop&oacute;logo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Alfredo Wagner Bento, o questionamento sobre a incorpora&ccedil;&atilde;o dos conhecimentos tradicionais mudou o foco. Antes promovido pelos movimentos sociais, o tema agora &eacute; proposto pela comunidade cient&iacute;fica. &ldquo;Estamos assistindo a uma mobiliza&ccedil;&atilde;o significativa em torno da prote&ccedil;&atilde;o da criatividade social, que se manifesta com o reconhecimento dos saberes tradicionais. Esse conhecimento passou a ter um valor econ&ocirc;mico que 20 anos atr&aacute;s n&atilde;o tinha&rdquo;, observou.</p> <p> O antrop&oacute;logo ressaltou ainda que o questionamento proposto pelo meio acad&ecirc;mico atualmente &eacute; a incorpora&ccedil;&atilde;o dos saberes tradicionais ao processo produtivo das grandes industrias farmac&ecirc;uticas, dos grandes laborat&oacute;rios, da ind&uacute;stria de biotecnologia e de cosm&eacute;ticos. &ldquo;Como se dar essa aproxima&ccedil;&atilde;o de saberes de maneira adequada e justa? Ainda n&atilde;o temos a resposta, mas temos que come&ccedil;ar a abrir um campo de discuss&atilde;o.&rdquo;</p> <p> Um exemplo de iniciativa bem sucedida, sugerido por Alfredo Bento, &eacute; o caso do munic&iacute;pio de S&atilde;o Jo&atilde;o do Triunfo, no Paran&aacute;. Por meio de lei municipal, a cidade reconheceu, em abril deste ano, benzedeiras, rezadeiras, curandeiras e costureiras de rendiduras (como s&atilde;o conhecidas as benzedeiras especializadas na assist&ecirc;ncia de pessoas com dores musculares) como agentes de sa&uacute;de p&uacute;blica. De acordo com a organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental (ONG) Movimento Aprendizes da Sabedoria (Masa), j&aacute; foram cadastradas 161 benzedeiras na cidade, que tem 14 mil habitantes.</p> <p> A reuni&atilde;o da SBPC continua at&eacute; a pr&oacute;xima sexta-feira (27). Entre os principais pontos da programa&ccedil;&atilde;o de amanh&atilde; (26), est&aacute; a confer&ecirc;ncia, do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Pinguelli Rosa sobre energia sustent&aacute;vel.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> cientistas comunidades tradicionais Convenção da Biodiversidade Pesquisa e Inovação povos indígenas Rio92 SBPC sustentabilidade Thu, 26 Jul 2012 00:22:48 +0000 lana 699762 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Exposição no Jardim Botânico do Rio reúne cartazes de designers gráficos sobre sustentabilidade https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-24/exposicao-no-jardim-botanico-do-rio-reune-cartazes-de-designers-graficos-sobre-sustentabilidade <p> <font face="Verdana, sans-serif"><font size="2">Paulo Virgilio<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></font></font></p> <p> Rio da Janeiro - A exposi&ccedil;&atilde;o <em>Glob-All Mix &ndash; 30 Cartazes para um Mundo Sustent&aacute;vel</em> foi inaugurada &agrave;s 17h de hoje (24) no Galp&atilde;o das Artes do Jardim Bot&acirc;nico do Rio de Janeiro, na zona sul da cidade. A mostra re&uacute;ne cartazes criados por 30 <em>designers</em> gr&aacute;ficos consagrados no cen&aacute;rio mundial, todos ilustrativos de aspectos da sustentabilidade.</p> <p> Idealizado pelo <em>designer </em>gr&aacute;fico Felipe Taborda, o projeto teve a primeira edi&ccedil;&atilde;o h&aacute; 20 anos, por ocasi&atilde;o da Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre o Meio Ambiente, a Rio92. A exposi&ccedil;&atilde;o na capital fluminense,&nbsp;que tem o apoio da Secretaria Estadual de Cultura, &eacute; a primeira desta nova edi&ccedil;&atilde;o a ser inaugurada. O projeto tamb&eacute;m vai promover&nbsp;mostras dos 30 cartazes nas principais capitais brasileiras e em 25 cidades de todo o mundo.</p> <p> A exposi&ccedil;&atilde;o, com entrada gratuita, poder&aacute; ser visitada de segunda-feira a domingo, das 9h &agrave;s 17h, at&eacute; 15 de julho.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Juliana Andrade</em></p> cartazes Cultura designers gráficos exposição Jardim Botânico mostra Rio+20 Rio+20 Rio92 Secretaria de Cultura sustentabilidade Sun, 24 Jun 2012 20:52:17 +0000 julianas 697811 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Integrantes da sociedade civil entregam crachás em ato de protesto e publicam carta contra texto final da Rio+20 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-21/integrantes-da-sociedade-civil-entregam-crachas-em-ato-de-protesto-e-publicam-carta-contra-texto-fina <p> Isabela Vieira<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Um dia depois de pedir a retirada da refer&ecirc;ncia ao apoio da sociedade civil no texto final da Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel, Rio+20, representantes de organiza&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais brasileiras devolveram hoje (20) seus crach&aacute;s, em um ato simb&oacute;lico de protesto. Paralelamente, uma carta de rep&uacute;dio assinada por cerca de 50 &iacute;cones do movimento ambientalista mundial foi divulgada na internet criticando as negocia&ccedil;&otilde;es.</p> <p> &quot;Toda essa manifesta&ccedil;&atilde;o demonstra que os governos t&ecirc;m que assumir sozinhos o &ocirc;nus de optar por um caminho que &eacute; o de n&atilde;o compromisso. &Eacute; inaceit&aacute;vel que o texto traga a men&ccedil;&atilde;o &agrave; sociedade civil. Quem tem que assinar embaixo s&atilde;o os governos que fizeram a op&ccedil;&atilde;o pelo retrocesso&quot;, disse Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA), em entrevista &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, na C&uacute;pula dos Povos, evento da sociedade civil paralelo &agrave; confer&ecirc;ncia oficial da ONU.</p> <p> Para pressionar pela retirada da men&ccedil;&atilde;o &agrave; sociedade civil do texto da ONU, uma peti&ccedil;&atilde;o online em ingl&ecirc;s, portugu&ecirc;s e espanhol foi lan&ccedil;ada na internet e assinada por mais de 30 institui&ccedil;&otilde;es no Brasil. Entre elas, o Instituo Vitae Civilis, que critica &quot;a falta de conte&uacute;do do documento&quot; da ONU acordado por 193 pa&iacute;ses. &quot;Essa carta representa o Futuro Que N&atilde;o Queremos&quot;, afirmou o representante Marcelo Cardoso, fazendo men&ccedil;&atilde;o ao nome oficial do documento.</p> <p> Os ativistas tamb&eacute;m criticam o processo de participa&ccedil;&atilde;o na constru&ccedil;&atilde;o do texto da Rio+20, que classificaram como restrito, tanto por influ&ecirc;ncia da ONU como do governo brasileiro, e cobraram uma &quot;discuss&atilde;o mais qualificada&quot; dos temas ambientais. Para Adriana Ramos e Marcelo Cardoso, o resultado da Rio+20 est&aacute; &quot;descolado&quot; das reivindica&ccedil;&otilde;es da sociedade em todo o mundo.</p> <p> J&aacute; a carta divulgada pelos ativistas, em cerca de meia p&aacute;gina, sugere que o texto da ONU traz &quot;c&ocirc;modas posi&ccedil;&otilde;es de governos&quot;. Assinam o documento ambientalistas como Marina Silva, Fabien Cousteau (neto do defensor dos oceanos Jacques-Yves Cousteau), Raoni Metuktire e a jovem Severn Susuki, que parou a Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustent&aacute;vel, Rio92, ao ler seu discurso pedindo pressa aos l&iacute;deres em a&ccedil;&otilde;es de defesa do meio ambiente.</p> <p> &quot;A Rio+20 passar&aacute; para a hist&oacute;ria como uma confer&ecirc;ncia da ONU que ofereceu &agrave; sociedade mundial um texto marcado por graves omiss&otilde;es que comprometem a preserva&ccedil;&atilde;o e a capacidade de recupera&ccedil;&atilde;o socioambiental do planeta, bem como a garantia, &agrave;s atuais e futuras gera&ccedil;&otilde;es, de direitos humanos adquiridos&quot;, dizem os manifestantes.</p> <p> Acesse a peti&ccedil;&atilde;o pela retirada do apoio da sociedade civil do texto da Rio+20 no seguinte endere&ccedil;o: <a href="http://www.ipetitions.com/petition/the-future-we-dont-want/">http://www.ipetitions.com/petition/the-future-we-dont-want/</a>.</p> <p> Acompanhe a <a href="http://www.rio20.ebc.com.br">cobertura multim&iacute;dia</a> da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC)</strong> na Rio+20.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> apoio carta direitos humanos futuro omissões onu preservação recuperação ambiental retirada Rio+20 Rio+20 Rio92 sociedade Sociedade civil texto Thu, 21 Jun 2012 23:51:34 +0000 lana 697646 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Conferência é ponto de virada na história depois de 20 anos da Rio92, diz Sha Zukang https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-20/conferencia-e-ponto-de-virada-na-historia-depois-de-20-anos-da-rio92-diz-sha-zukang <p> Vladimir Platonow<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; O secret&aacute;rio-geral da Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel, Rio+20, Sha Zukang, disse hoje (20) que o encontro &eacute; um &ldquo;ponto de virada na hist&oacute;ria&rdquo;, ao discursar na C&uacute;pula de Chefes de Estado e de Governo.</p> <p> &ldquo;Existem momentos na hist&oacute;ria em que tanto o compromisso pol&iacute;tico quanto a participa&ccedil;&atilde;o atingem uma converg&ecirc;ncia no sentido de mudar o curso da hist&oacute;ria. A C&uacute;pula da Terra [Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio92], realizada em 1992, aqui no Riocentro, foi um desses momentos. Ela adotou os Princ&iacute;pios do Rio e a Agenda 21. Hoje, n&oacute;s estamos vivendo outro desses grandes momentos. Esta reuni&atilde;o de l&iacute;deres mundiais e representantes de governos e grupos principais, no mesmo local de 20 anos atr&aacute;s, promete ser outro ponto de virada, outro ponto-chave na nossa hist&oacute;ria. Que vai reenergizar as a&ccedil;&otilde;es e revigorar a parceria de todos n&oacute;s&rdquo;, avaliou.</p> <p> Zukang ressaltou ainda que os l&iacute;deres mundiais podem contribuir para solucionar as crises econ&ocirc;mica e ambiental, mas disse que, para isso, &eacute; preciso a&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Esta vontade coletiva, nesta confer&ecirc;ncia, indica ao mundo todo que o nosso trabalho conjunto pode responder &agrave;s crises interconectadas que nos trouxeram a este ponto t&atilde;o crucial da nossa hist&oacute;ria&rdquo;, disse.</p> <p> O secret&aacute;rio-geral da Rio+20 conclamou os pa&iacute;ses a abra&ccedil;arem as causas do desenvolvimento sustent&aacute;vel. &ldquo;Mas ser&aacute; que a hist&oacute;ria vai provar que isso &eacute; verdadeiro? Depende dos governos. Ser&aacute; que converter&atilde;o as promessas em a&ccedil;&otilde;es concretas? Depende de cada uma das pessoas presentes aqui. Temos que honrar nossos compromissos e adotar o desenvolvimento sustent&aacute;vel. N&oacute;s temos um planeta e devemos lutar por ele.&rdquo;</p> <p> Por fim, j&aacute; quase sem voz, Zukang fez quest&atilde;o de elogiar o pa&iacute;s anfitri&atilde;o da confer&ecirc;ncia. &ldquo;Eu gostaria de reconhecer a lideran&ccedil;a not&aacute;vel do Brasil, no sentido de avan&ccedil;ar a agenda de desenvolvimento sustent&aacute;vel. O compromisso do Brasil com o multilateralismo &eacute; um exemplo para todo o mundo.&rdquo;</p> <p> Acompanhe a <a href="http://www.rio20.ebc.com.br">cobertura multim&iacute;dia</a> da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC)</strong> na Rio+20.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> Agenda 21 desenvolvimento sustentável líderes mundiais onu Princípios do Rio Rio+20 Rio+20 Rio92 Wed, 20 Jun 2012 23:01:43 +0000 lana 697548 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Governo brasileiro mantém discurso de reconhecimento do avanço nas negociações da Rio+20 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-20/governo-brasileiro-mantem-discurso-de-reconhecimento-do-avanco-nas-negociacoes-da-rio20 <p> Carolina Gon&ccedil;alves e Renata Giraldi<br /> <em>Enviadas Especiais da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Em meio &agrave;s cr&iacute;ticas ao documento final da Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel, a Rio+20, o governo brasileiro mant&eacute;m um discurso alinhado de reconhecimento dos avan&ccedil;os nas negocia&ccedil;&otilde;es. O estabelecimento da meta de erradica&ccedil;&atilde;o da pobreza como uma prioridade dos 193 pa&iacute;ses da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) &eacute; apontado como uma das maiores conquistas do evento.</p> <p> De acordo com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, Gilberto Carvalho, a converg&ecirc;ncia de posi&ccedil;&otilde;es em torno de temas pol&ecirc;micos indica o resultado positivo das negocia&ccedil;&otilde;es. &ldquo;O documento trata de pontos muito relevantes. Em uma confer&ecirc;ncia como esta, o consenso &eacute; muito importante. &Eacute; melhor do que ficarmos sem um documento final, mesmo n&atilde;o sendo o texto dos sonhos&rdquo;, disse.</p> <p> Os compromissos para erradica&ccedil;&atilde;o da pobreza e da fome, para o combate &agrave; discrimina&ccedil;&atilde;o racial e o debate sobre novos modelos de produ&ccedil;&atilde;o e consumo s&atilde;o pontos celebrados pelo Brasil. Mas o que o governo brasileiro destaca com veem&ecirc;ncia &eacute; a reafirma&ccedil;&atilde;o dos compromissos assumidos pelos pa&iacute;ses na Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio92.</p> <p> O ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Aloizio Mercadante, garantiu que &ldquo;n&atilde;o haver&aacute; retrocesso&rdquo; em metas acordadas h&aacute; duas d&eacute;cadas. Mercadante ainda acrescentou que os negociadores brasileiros e estrangeiros e os l&iacute;deres que v&atilde;o avaliar o texto conclu&iacute;do na madrugada de ontem (19) precisam considerar a redefini&ccedil;&atilde;o de indicadores de desenvolvimento.</p> <p> Ao defender a inclus&atilde;o de m&eacute;tricas ambientais e sociais, o ministro explicou que o &iacute;ndice usado atualmente, o Produto Interno Bruto (PIB), n&atilde;o reflete o crescimento real das economias. &ldquo;O PIB revela a riqueza produzida, mas n&atilde;o trata da distribui&ccedil;&atilde;o dessa riqueza ou dos impactos ambientais que o desenvolvimento produz&rdquo;, disse.</p> <p> Mercadante ainda destacou o espa&ccedil;o que a sociedade civil teve na confer&ecirc;ncia e lembrou que as delega&ccedil;&otilde;es e representantes do setor privado dos pa&iacute;ses se comprometeram com a cria&ccedil;&atilde;o e implementa&ccedil;&atilde;o dos Objetivos do Mil&ecirc;nio, programa estabelecido pela ONU. &ldquo;Pelo documento, as empresas ter&atilde;o que fazer relat&oacute;rios frequentes dos compromissos com o desenvolvimento sustent&aacute;vel&rdquo;, disse.</p> <p> Acompanhe a <a href="http://www.rio20.ebc.com.br">cobertura multim&iacute;dia</a> da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC)</strong> na Rio+20.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> consumo erradicação da pobreza fome negociações Objetivos do Milênio onu PIB produção Rio+20 Rio+20 Rio92 Wed, 20 Jun 2012 22:10:34 +0000 lana 697539 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ ONGs e especialistas não acreditam em avanços na Rio+20 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-20/ongs-e-especialistas-nao-acreditam-em-avancos-na-rio20 <p> Isabela Vieira<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro- O documento final da Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel, a Rio+20, que chega hoje (20) &agrave;s m&atilde;os de chefes de Estado e de Governo &eacute; &ldquo;aguado&rdquo;, n&atilde;o apresenta metas claras, formas de financiamento de a&ccedil;&otilde;es e est&aacute; aqu&eacute;m do texto elaborado h&aacute; 20 anos, na Rio92, confer&ecirc;ncia que vinculou o desenvolvimento ao meio ambiente.</p> <p> As avalia&ccedil;&otilde;es foram apresentadas por representantes de organiza&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais (ONGs) que acompanharam as discuss&otilde;es do texto final por meio do Major Group ONGs e por especialistas da &aacute;rea ambiental. A apresenta&ccedil;&atilde;o foi feita ontem (19) &agrave; noite na C&uacute;pula dos Povos - evento paralelo &agrave; confer&ecirc;ncia oficial da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) -, no Aterro do Flamengo.</p> <p> Ao lado de representantes de organiza&ccedil;&otilde;es como Greenpeace, WWF e Oxfam, o coordenador do Vitae Civilis, Aron Belinky, disse que para conseguir o consenso uma s&eacute;rie de quest&otilde;es pol&ecirc;micas foi varrida &quot;para debaixo do tapete&rdquo;, sem resolv&ecirc;-las. &ldquo;Achamos que essa &eacute; uma estrat&eacute;gia arriscada, que coloca o resultado &agrave; frente do que deveria ser encarado&rdquo;.</p> <p> Para Belinky, o melhor era ter deixado claro que certo pontos n&atilde;o tinham o apoio dos negociadores. &ldquo;Se n&atilde;o tem consenso, que fique claro que n&atilde;o tem consenso. Que n&atilde;o se fa&ccedil;a um documento aguado, que todo mundo concorda porque n&atilde;o faz diferen&ccedil;a nenhuma&rdquo;, criticou o diretor, sem pontuar os itens que poderiam ter obtido maior avan&ccedil;o.</p> <p> O professor da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP) Wagner Costa Ribeiro, que teve acesso a vers&atilde;o do texto final e participou da avalia&ccedil;&atilde;o apresentada pelo F&oacute;rum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Fboms) na c&uacute;pula, disse que a consolida&ccedil;&atilde;o do documento, acordado por 193 delega&ccedil;&otilde;es, foi for&ccedil;ada e reflete a insatisfa&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rias partes.</p> <p> &ldquo;&Eacute; uma festa onde todo mundo sai descontente&rdquo;, comentou Ribeiro. Elaborar o consenso a partir da insatisfa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o me parece algo importante. O que vi realmente n&atilde;o &eacute; estimulante porque n&atilde;o cria metas ou v&iacute;nculos ou quem vai pagar a conta&rdquo;, acrescentou.</p> <p> Ao comparar o documento da Rio92 com o texto da Rio+20, o professor culpou o cen&aacute;rio internacional, de crise financeira, pela falta de grandes avan&ccedil;os. Ele tamb&eacute;m citou a reuni&atilde;o do G20 (que ocorre no M&eacute;xico, paralelamente &agrave; Rio+20), as elei&ccedil;&otilde;es na Gr&eacute;cia e at&eacute; a Eurocopa (campeonato de sele&ccedil;&otilde;es europeias de futebol). &ldquo;N&atilde;o diria que foi pior, mas que n&atilde;o teve o mesmo n&iacute;vel de ousadia&rdquo;, avaliou.</p> <p> Os especialistas tamb&eacute;m criticaram a ONU pela pequena abertura para participa&ccedil;&atilde;o da sociedade nas negocia&ccedil;&otilde;es &nbsp;da confer&ecirc;ncia. &ldquo;&Eacute; um espa&ccedil;o limitado, de dois ou tr&ecirc;s minutos de fala, nos Major Groups. Ou seja, pequenas interven&ccedil;&otilde;es em meio a uma burocracia que n&atilde;o permite o avan&ccedil;o de uma proposta democr&aacute;tica&rdquo;, destacou o representante da Vitae Civilis.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em><br /> &nbsp;</p> ações Agência Brasil avanços chefes de estado conferência Cúpula dos Povos desenvolvimento sustentável documento final EBC especialistas governo Meio Ambiente metas nações unidas ONGs rio Rio+20 Rio+20 Rio92 sustentabilidade Wed, 20 Jun 2012 10:04:16 +0000 gracaadjuto 697471 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Brasileiros e estrangeiros esbarram em crise financeira para definir documento final da Rio+20 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-18/brasileiros-e-estrangeiros-esbarram-em-crise-financeira-para-definir-documento-final-da-rio20 <p> Carolina Gon&ccedil;alves e Renata Giraldi<br /> <em>Enviadas especiais</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Mais de 12 horas de negocia&ccedil;&otilde;es hoje (18) na Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel, a Rio+20, e a crise financeira internacional &eacute; tida como uma das principais amea&ccedil;as ao avan&ccedil;o pela busca por consenso para concluir o documento final da confer&ecirc;ncia. Os negociadores esperam fechar o texto at&eacute; o final desta noite ou, no mais tardar, na madrugada de amanh&atilde; (19). A ideia &eacute; concluir o texto para ser entregue aos chefes de Estado e Governo, que se re&uacute;nem de 20 a 22 de junho.</p> <p> Para alguns observadores do processo, o resultado final das negocia&ccedil;&otilde;es dever&aacute; ser um texto com uma linguagem clara, mas sem muitos detalhes, trazendo proje&ccedil;&otilde;es para o futuro em &aacute;reas espec&iacute;ficas. Segundo eles, ocorrer&atilde;o poucos avan&ccedil;os em rela&ccedil;&atilde;o aos compromissos firmados h&aacute; duas d&eacute;cadas, durante a Rio92.</p> <p> No entanto, em decorr&ecirc;ncia das dificuldades internas alegadas por pa&iacute;ses desenvolvidos, negociadores d&atilde;o como certo o adiamento dos itens referentes &agrave;s responsabilidades comuns e diferenciadas das na&ccedil;&otilde;es. Neles, a previs&atilde;o era definir metas de desenvolvimento sustent&aacute;vel. A expectativa, no come&ccedil;o das negocia&ccedil;&otilde;es, era reafirmar os compromissos.</p> <p> As responsabilidades das economias sobre os novos padr&otilde;es de desenvolvimento esbarra, por exemplo, no formato em que se dar&aacute; o fortalecimento do Programa das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Por falta de consenso em torno da cria&ccedil;&atilde;o de um organismo aut&ocirc;nomo da ONU para cuidar das quest&otilde;es ambientais, os negociadores acordaram em redesenhar o programa j&aacute; existente.</p> <p> At&eacute; o acordado fortalecimento do Pnuma sofre impactos da crise econ&ocirc;mica mundial. Em lados opostos, o G77 (formado pelo Brasil e os demais pa&iacute;ses em desenvolvimento) pedem recursos adicionais para garantir maior f&ocirc;lego ao programa.</p> <p> Do outro lado, representantes das na&ccedil;&otilde;es mais ricas ratificam que n&atilde;o disp&otilde;em de condi&ccedil;&otilde;es para o comprometimento na defini&ccedil;&atilde;o e planejamento mencionando cifras precisas. Os negociadores disseram que a disposi&ccedil;&atilde;o dos delegados de pa&iacute;ses desenvolvidos tem se limitado &agrave; prontifica&ccedil;&atilde;o de identificar poss&iacute;veis fontes para esse financiamento.</p> <p> No come&ccedil;o das negocia&ccedil;&otilde;es, a Comiss&atilde;o de Meio Ambiente da Uni&atilde;o Europeia indicou que pretendia refor&ccedil;ar a mensagem sobre o momento financeiro pessimista.&ldquo;Se tiver que colocar dinheiro, vamos colocar&rdquo;, disse o comiss&aacute;rio de Meio Ambiente do bloco, Janez Potočnik, condicionando a disposi&ccedil;&atilde;o apenas a situa&ccedil;&otilde;es consideradas concretas e acertadas pelos europeus.</p> <p> Segundo negociadores, entre as quatro paredes das salas do Pavilh&atilde;o 3, do Riocentro, onde concentram-se os debates em torno do texto final da Rio+20, representantes europeus tamb&eacute;m resistem a tratar de cifras, assim como norte-americanos, canadenses, australianos e japoneses. Mas, ao menos, europeus sinalizam com a predisposi&ccedil;&atilde;o em definir prazos.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> brasileiros comissão do meio ambiente conferência crise financeira crise internacional documento final economia estrangeiros Meio ambiente negociadores onu Pnuma Potočnik programa das nações unidas para o meio ambiente questões ambientais Rio+20 Rio+20 Rio92 união europeia Tue, 19 Jun 2012 02:32:49 +0000 fabio.massalli 697358 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Ex-presidenta da Irlanda acredita que Rio+20 vá estabecer metas concretas para o desenvolvimento sustentável https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-18/ex-presidenta-da-irlanda-acredita-que-rio20-va-estabecer-metas-concretas-para-desenvolvimento-sustent <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/23/gallery_assist697315/prev/AgenciaBrasil180612PZBfoto7.JPG" style="float: right; width: 300px; height: 225px;" />Carolina Gon&ccedil;alves e Renata Giraldi<br /> <em>Enviadas Especiais da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Diante das poucas horas que faltam para a conclus&atilde;o do texto debatido entre negociadores de mais de 190 pa&iacute;ses que participam da Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel, Rio+20, a ex-presidenta da Irlanda Mary Robinson disse hoje (18) que ainda &eacute; poss&iacute;vel esperar que a confer&ecirc;ncia estabele&ccedil;a metas concretas para a implementa&ccedil;&atilde;o do desenvolvimento sustent&aacute;vel.</p> <p> Os negociadores brasileiros e estrangeiros esperam fechar at&eacute; o fim da noite de hoje (18) o texto final. As delega&ccedil;&otilde;es est&atilde;o divididas em tr&ecirc;s sess&otilde;es de trabalho para tratar de temas mais divergentes. O documento preliminar que traz os pontos convergentes aponta para uma tend&ecirc;ncia de exclus&atilde;o das propostas que ainda geram conflitos. Os representantes de 193 pa&iacute;ses se esfor&ccedil;am para elaborar um texto conciso a tempo de ser entregue aos 115 chefes de Estado e de Governo, no pr&oacute;ximo dia 20.</p> <p> Mary Robinson, que tamb&eacute;m ocupou o cargo de alta comiss&aacute;ria de Direitos Humanos da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU), disse que o documento preliminar, que re&uacute;ne pontos j&aacute; acordados entre as delega&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o &eacute; satisfat&oacute;rio. Segundo ela, a sociedade espera um esfor&ccedil;o efetivo pelo estabelecimento das metas desse novo padr&atilde;o de desenvolvimento.</p> <p> O modelo defendido pela primeira mulher a ocupar a Presid&ecirc;ncia da Irlanda inclui compromissos dos l&iacute;deres mundiais como o empoderamento das mulheres e investimentos em fontes de energia limpa.&ldquo;O debate sobre energia &eacute; crucial para o desenvolvimento sustent&aacute;vel. O comprometimento com esse tema pode significar menos impactos sobre a biodiversidade e interromper os riscos provocados pelas mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas&rdquo;, disse.</p> <p> At&eacute; ontem (17), diverg&ecirc;ncias sobre temas que envolvem compromissos com recursos financeiros ainda persistiam. Os pa&iacute;ses desenvolvidos continuam resistentes a assumir essas responsabilidades, alegando dificuldades internas causadas pela crise econ&ocirc;mica internacional. A justificativa amea&ccedil;a tamb&eacute;m a reafirma&ccedil;&atilde;o de compromissos firmados durante a Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio92, ocorrida h&aacute; 20 anos</p> <p> &ldquo;O que foi decidido em 92 foi uma compreens&atilde;o total das necessidades dos povos e do planeta, com o estabelecimento de compromissos como a Agenda21 e as conven&ccedil;&otilde;es (de Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas e de Biodiversidade)&rdquo;, lembrou Mary Robinson. Os acordos foram firmados, mas a implementa&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o atingiu as expectativas do encontro realizado h&aacute; duas d&eacute;cadas, segundo ela.</p> <p> &ldquo;Compreendo que, no meio de uma crise, os pa&iacute;ses t&ecirc;m diferentes preocupa&ccedil;&otilde;es. N&atilde;o podemos ignorar o momento financeiro, mas n&atilde;o &eacute; uma boa ideia recuar [em rela&ccedil;&atilde;o aos compromissos]. Fazer o certo em rela&ccedil;&atilde;o ao desenvolvimento sustent&aacute;vel tamb&eacute;m pode fazer com que as economias voltem a crescer&rdquo;, disse Mary Robinson.</p> <p> Acompanhe a <a href="http://www.rio20.ebc.com.br">cobertura multim&iacute;dia</a> da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC)</strong> na Rio+20.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em></p> compromissos desenvolvimento sustentável líderes mundiais negociadores Rio+20 Rio+20 Rio92 texto final Mon, 18 Jun 2012 22:20:12 +0000 lana 697340 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Para Zukang, negociações da Rio+20 estão caminhando bem https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-17/para-zukang-negociacoes-da-rio20-estao-caminhando-bem <p> Isabela Vieira<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - O secret&aacute;rio-geral das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) para a Rio+20, o embaixador chin&ecirc;s Sha Zukang, voltou a afirmar hoje (17) que as negocia&ccedil;&otilde;es do documento final do encontro est&atilde;o indo bem, apesar de diverg&ecirc;ncias entre os &nbsp;pa&iacute;ses participantes. At&eacute; a &uacute;ltima semana, nem metade do rascunho havia sido acordado.</p> <p> &ldquo;Acredito que as negocia&ccedil;&otilde;es est&atilde;o indo bem no Brasil. Estou muito confiante em resultados razoavelmente satisfat&oacute;rios que os lideres dos pa&iacute;ses e os chefes de Estado poder&atilde;o assinar&rdquo;, disse Zukang &agrave; imprensa, durante a reinaugura&ccedil;&atilde;o do Movimento &agrave; Paz, criado pelo artista Siron Franco e doado ao Brasil pela Comunidade Bah&aacute;&#39;i na Rio92.</p> <p> Perguntado sobre os compromissos que est&atilde;o sendo assumidos por diversos setores, paralelamente &agrave;s negocia&ccedil;&otilde;es da Rio+20, Zukang disse que eles s&atilde;o parte importante do legado da confer&ecirc;ncia e v&atilde;o se somar aos esfor&ccedil;os dos governos centrais.</p> <p> &ldquo;Todos devem trabalhar juntos. N&atilde;o acredito que os governos possam fazer o desenvolvimento sustent&aacute;vel sozinhos, isolados. Certamente t&ecirc;m a responsabilidade de prover boas pol&iacute;ticas, estrat&eacute;gias e ambiente para que todos os atores sociais possam se engajar.&rdquo;</p> <p> Zukang voltou a explicar que a economia verde &eacute; a solu&ccedil;&atilde;o encontrada para aliar a igualdade e a inclus&atilde;o social com a defesa do meio ambiente.</p> <p> Tamb&eacute;m participaram da reinaugura&ccedil;&atilde;o do monumento o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o secret&aacute;rio nacional de organiza&ccedil;&atilde;o da confer&ecirc;ncia, ministro Laudemar Aguiar, o embaixador aposentado Fl&aacute;vio Perri, que coordenou a Rio92, al&eacute;m da Comunidade Bah&aacute;&#39;i e do artista pl&aacute;stico Siron Franco.</p> <p> Ao final, Paes e Zukang plantaram uma muda de pau-brasil, simbolizando &ldquo;o nascer&rdquo; dos novos compromissos assumidos na Rio+20 e refor&ccedil;ando os ideais do encontro de 20 anos atr&aacute;s, a Rio92.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p> Acompanhe a <a href="http://www.rio20.ebc.com.br" rel="nofollow">cobertura multim&iacute;dia</a> da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC)</strong> na Rio+20.</p> chefes de Estado e de governo Comunidade Bahá'i cúpula desenvolvimento sustentável Movimento à Paz negociações onu Rio+20 Rio92 Sha Zukang Siron Franco texto preliminar Sun, 17 Jun 2012 18:06:25 +0000 aquintiere 697248 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Rio+20 reforça importância de pactos globais para desenvolvimento sustentável https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-17/rio20-reforca-importancia-de-pactos-globais-para-desenvolvimento-sustentavel <p> Carolina Gon&ccedil;alves e Renata Giraldi<br /> <em>Enviadas especiais da Ag&ecirc;ncia Brasil<br /> </em><br /> Rio de Janeiro &ndash; Os pontos acordados at&eacute; agora pelos negociadores internacionais na Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel (Rio+20) ampliam a responsabilidade sobre a implementa&ccedil;&atilde;o do desenvolvimento sustent&aacute;vel no mundo. <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-06-17/documento-preliminar-da-rio20-exclui-controversias-e-faz-recomendacoes-gerais-sobre-temas-polemicos">No documento preliminar </a>consolidado na noite de ontem (16), as delega&ccedil;&otilde;es reconheceram que as metas esperadas da confer&ecirc;ncia dependem de uma parceria ampla.</p> <p> A proposta &eacute; assegurar que setor privado e a sociedade civil tenham maior participa&ccedil;&atilde;o nas decis&otilde;es globais, ressaltando os pap&eacute;is dos trabalhadores, das mulheres, das empresas e de organiza&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais. Especialistas lembram que, h&aacute; vinte anos, na Rio92, os governos eram apontados como os grandes respons&aacute;veis pela indu&ccedil;&atilde;o de uma mudan&ccedil;a de padr&otilde;es de desenvolvimento.</p> <p> Os negociadores defenderam, com clareza, modelos que integram setores p&uacute;blicos e privados, por exemplo. &ldquo;A implementa&ccedil;&atilde;o do desenvolvimento sustent&aacute;vel depender&aacute; do envolvimento ativo de ambos os setores&rdquo;, destaca o documento. Al&eacute;m de apontar as parcerias p&uacute;blico-privadas como ferramentas para essa integra&ccedil;&atilde;o, os negociadores defendem a cria&ccedil;&atilde;o de mecanismos para alavancar o novo padr&atilde;o no com&eacute;rcio e ind&uacute;stria. &ldquo;N&oacute;s encorajamos pr&aacute;ticas empresariais respons&aacute;veis, tais como as promovidas pelo Pacto Global da ONU&rdquo;.</p> <p> No aspecto ambiental, o documento preliminar reconhece, por exemplo, que os agricultores &ldquo;podem trazer importantes contribui&ccedil;&otilde;es para o desenvolvimento sustent&aacute;vel por meio de atividades de produ&ccedil;&atilde;o que sejam ambientalmente corretas&rdquo;. A aposta &eacute; que a atividade, conduzida de forma sustent&aacute;vel, aumente a seguran&ccedil;a alimentar, garanta o crescimento econ&ocirc;mico e a subsist&ecirc;ncia das popula&ccedil;&otilde;es mais pobres em todas as partes do mundo.</p> <p> O texto tamb&eacute;m revela a disposi&ccedil;&atilde;o dos mais de 190 pa&iacute;ses que participam da Rio+20 em estimular a participa&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica de mulheres, dos jovens e das comunidades ind&iacute;genas nesse debate. Al&eacute;m disso, os negociadores concordam que a contribui&ccedil;&atilde;o da comunidade cient&iacute;fica e tecnol&oacute;gica &eacute; fundamental para a implementa&ccedil;&atilde;o das metas do desenvolvimento sustent&aacute;vel.</p> <p> &ldquo;Estamos empenhados em trabalhar e promover a colabora&ccedil;&atilde;o entre a comunidade acad&ecirc;mica, cient&iacute;fica e tecnol&oacute;gica, em particular nos pa&iacute;ses em desenvolvimento&rdquo;, ressalta a proposta preliminar. A expectativa &eacute; reduzir a diferen&ccedil;a tecnol&oacute;gica que separa pa&iacute;ses desenvolvidos das na&ccedil;&otilde;es em desenvolvimento, recorrendo, inclusive &agrave;s coopera&ccedil;&otilde;es internacionais, com transfer&ecirc;ncia de conhecimentos.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p> Acompanhe a <a href="http://www.rio20.ebc.com.br" rel="nofollow">cobertura multim&iacute;dia</a> da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC)</strong> na Rio+20.</p> agricultores Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável crescimento econômico documento preliminar negociadores Pacto Global da ONU países em desenvolvimento países ricos parceria produção Rio+20 Rio92 segurança alimentar setor privado Sociedade civil Sun, 17 Jun 2012 15:53:04 +0000 aquintiere 697238 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Sem detalhamentos, negociadores da Rio+20 se comprometem com o desenvolvimento sustentável https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-17/sem-detalhamentos-negociadores-da-rio20-se-comprometem-com-desenvolvimento-sustentavel <p> Carolina Gon&ccedil;alves e Renata Giraldi<br /> <em>Enviadas especiais da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - Os negociadores dos mais de 190 pa&iacute;ses na Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel (Rio+20), avaliaram que as economias progrediram de forma desigual nos &uacute;ltimos vinte anos. O reconhecimento est&aacute; expl&iacute;cito no texto preliminar a ser analisado por chefes de Estado e de Governo, nos pr&oacute;ximos dias 20 a 22, e ressalta, principalmente, as medidas sustent&aacute;veis e as voltadas para a erradica&ccedil;&atilde;o da pobreza.</p> <p> <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-06-17/documento-preliminar-da-rio20-exclui-controversias-e-faz-recomendacoes-gerais-sobre-temas-polemicos">O texto preliminar do documento final</a>, obtido pela <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, foi fechado ontem (16) &agrave; noite. Nele, h&aacute; seis cap&iacute;tulos distribu&iacute;dos em 50 p&aacute;ginas. Inicialmente, o texto tinha 80 p&aacute;ginas, mas foram retiradas as propostas (chamadas de colchetes) mais controvertidas e mantidas as recomenda&ccedil;&otilde;es gerais.</p> <p> O secret&aacute;rio-geral da Rio92, que ocorreu h&aacute; duas d&eacute;cadas, Maurice Strong, alertou sobre o risco de a Rio+20 acabar com promessas vazias e em meio a conclus&otilde;es de que as lacunas permanecem.&ldquo;H&aacute; vinte anos a confer&ecirc;ncia foi um sucesso, no sentido do que conseguimos acordar [despertar para os temas sobre sustentabilidade]. Foi mais do que qualquer um de n&oacute;s poderia esperar&rdquo;, disse.</p> <p> Segundo ele, os avan&ccedil;os obtidos nesse per&iacute;odo foram importantes. &ldquo;N&oacute;s tivemos muitos bons exemplos de a&ccedil;&otilde;es adotadas em alguns pa&iacute;ses, mas as condi&ccedil;&otilde;es t&ecirc;m se deteriorado. Alguns pa&iacute;ses continuam a negar a import&acirc;ncia [do que foi acordado].&rdquo;</p> <p> Na vers&atilde;o preliminar do documento da Rio+20, os negociadores se comprometem a refor&ccedil;ar a&ccedil;&otilde;es para implementar esses compromissos anteriores. &ldquo;Reconhecemos a necessidade de acelerar o progresso no preenchimento das lacunas de desenvolvimento entre pa&iacute;ses desenvolvidos e em desenvolvimento&rdquo;, destaca o texto, ressaltando, ainda, que &eacute; preciso criar condi&ccedil;&otilde;es para o desenvolvimento sustent&aacute;vel, com crescimento econ&ocirc;mico e prote&ccedil;&atilde;o ambiental e social.</p> <p> Apesar de n&atilde;o apresentar um detalhamento dessas a&ccedil;&otilde;es, os negociadores defendem, consensualmente, que os pa&iacute;ses em desenvolvimento tenham uma participa&ccedil;&atilde;o mais ativa na tomada de decis&otilde;es globais.</p> <p> Pelo documento, esse &ldquo;aumento da voz&rdquo; dos mais pobres seria conquistado com uma coopera&ccedil;&atilde;o entre os pa&iacute;ses &ldquo;particularmente nas &aacute;reas de finan&ccedil;as, com&eacute;rcio, d&iacute;vida e transfer&ecirc;ncia de tecnologia, inova&ccedil;&atilde;o e empreendedorismo, capacita&ccedil;&atilde;o, transpar&ecirc;ncia e responsabilidade&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p> Acompanhe a <a href="http://www.rio20.ebc.com.br" rel="nofollow">cobertura multim&iacute;dia</a> da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC)</strong> na Rio+20.</p> capacitação cométcio Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável desenvolvimento econômico empreendedorismo erradicação da pobreza finanças Inovação Maurice Strong negociadores países em desenvolvimento países ricos responsabilidade social Rio+20 Rio92 sustentabilidade transferência de tecnologia transparência Sun, 17 Jun 2012 13:46:42 +0000 aquintiere 697229 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Texto final da Rio+20 deve trazer declaração “incisiva” sobre a pobreza, diz Izabella Teixeira https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-16/texto-final-da-rio20-deve-trazer-declaracao-%E2%80%9Cincisiva%E2%80%9D-sobre-pobreza-diz-izabella-teixeira <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/23/gallery_assist697198/prev/AgenciaBrasil160612PZBfoto17.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Vitor Abdala<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil<br /> </em><br /> Rio de Janeiro &ndash; A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (16) que o texto final da Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel (Rio+20) dever&aacute; trazer uma declara&ccedil;&atilde;o &ldquo;muito incisiva&rdquo; em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; pobreza. O Brasil assumiu hoje a presid&ecirc;ncia da Confer&ecirc;ncia e, com isso, lidera as negocia&ccedil;&otilde;es em torno do texto.</p> <p> &ldquo;Vem certamente uma declara&ccedil;&atilde;o muito incisiva em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; pobreza e ao desenvolvimento sustent&aacute;vel. Esse &eacute; um ponto central. Todos os pa&iacute;ses est&atilde;o debatendo isso, porque enxergam que [sem isso] &eacute; imposs&iacute;vel voc&ecirc; avan&ccedil;ar na agenda do desenvolvimento sustent&aacute;vel, at&eacute; resgatando o princ&iacute;pio da Declara&ccedil;&atilde;o do Rio, que &eacute; o homem no centro do desenvolvimento sustent&aacute;vel&rdquo;, disse a ministra.</p> <p> Izabella Teixeira disse que o texto final da confer&ecirc;ncia tamb&eacute;m deve trazer avan&ccedil;os em quest&otilde;es como a preserva&ccedil;&atilde;o da biodiversidade. &ldquo;Estamos seguindo com a negocia&ccedil;&atilde;o. Agora &eacute; assim, entra um texto, amanh&atilde; tem outro. At&eacute; ter&ccedil;a-feira vai ser assim.&rdquo; Ela disse ainda que o Brasil n&atilde;o aceitar&aacute; retrocessos em rela&ccedil;&atilde;o aos avan&ccedil;os da Rio92.</p> <p> J&aacute; a ministra do Desenvolvimento Social e Combate &agrave; Fome, Tereza Campello, disse estar confiante de que a proposta de cria&ccedil;&atilde;o de um Piso de Prote&ccedil;&atilde;o Socioambiental Global ser&aacute; um dos compromissos da Rio+20. A iniciativa &eacute; uma proposta do governo brasileiro, que prev&ecirc; a garantia de renda m&iacute;nima &agrave; popula&ccedil;&atilde;o mais pobre, atrelada &agrave; preserva&ccedil;&atilde;o ambiental.</p> <p> &ldquo;Tenho uma expectativa muito boa e acreditamos, sim, que a ideia de ter um piso de prote&ccedil;&atilde;o e de juntar a supera&ccedil;&atilde;o da pobreza e a preserva&ccedil;&atilde;o do meio ambiente seja um dos elementos fortes do documento final da Rio+20&rdquo;, disse Tereza Campello antes da inaugura&ccedil;&atilde;o da Arena Socioambiental, um espa&ccedil;o de di&aacute;logo entre o governo e a sociedade civil, na C&uacute;pula dos Povos, evento paralelo &agrave; Rio+20, que acontece no Aterro do Flamengo, na zona sul da cidade.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p> Acompanhe a <a href="http://www.rio20.ebc.com.br" rel="nofollow">cobertura multim&iacute;dia</a> da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC)</strong> na Rio+20.</p> Arena Socioambiental Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Cúpula dos Povos Izabella Teixeira Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério do Meio Ambiente Piso de Proteção Socioambiental Global pobreza população pobre preservação ambiental renda mínima Rio+20 Rio92 Tereza Campello texto final Sat, 16 Jun 2012 20:48:24 +0000 aquintiere 697215 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Movimentos sociais denunciam retrocessos na agenda ambiental brasileira https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-16/movimentos-sociais-denunciam-retrocessos-na-agenda-ambiental-brasileira <p> Vladimir Platonow<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; O Brasil enfrenta um retrocesso em sua agenda ambiental, depois de ter registrado importantes avan&ccedil;os nos &uacute;ltimos anos, segundo avalia&ccedil;&atilde;o do documento Agenda Socioambiental: Avan&ccedil;os e Obst&aacute;culos P&oacute;s-Rio92, divulgado hoje (16) na C&uacute;pula dos Povos, no Aterro do Flamengo, na zona sul da cidade, paralelo &agrave; Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent&aacute;vel (Rio+20).</p> <p> O diretor de Pol&iacute;ticas P&uacute;blicas da organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental SOS Mata Atl&acirc;ntica, M&aacute;rio Mantovani, disse que foram muitos os avan&ccedil;os desde a 2&ordf; Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano (Rio92). Por&eacute;m, destacou que nos &uacute;ltimos anos tamb&eacute;m ocorreram retrocessos, como a aprova&ccedil;&atilde;o do C&oacute;digo Florestal pelo Congresso e a libera&ccedil;&atilde;o de obras que produzem impactos ambientais, como as grandes barragens.</p> <p> &ldquo;Vinte anos depois, n&atilde;o tem uma empresa que n&atilde;o tenha o tema ambiental nas suas propostas de responsabilidade social. Na sociedade civil, cresceu muito o n&uacute;mero de ONGs. Mas o que n&oacute;s percebemos &eacute; que o governo, que tinha avan&ccedil;ado muito, teve um grande retrocesso, aceitou a chantagem de segmentos atrasados, principalmente a oligarquia rural, que n&atilde;o agregam valor ambiental. Pelo contr&aacute;rio, concentram terras e fazem com que o Brasil seja um dos pa&iacute;ses que mais usam venenos [agrot&oacute;xicos] no mundo&rdquo;, disse Mantovani.</p> <p> O presidente do conselho diretor do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Jo&atilde;o Paulo Capobianco, tamb&eacute;m chamou a aten&ccedil;&atilde;o para a falta de avan&ccedil;os ambientais nos anos recentes. Segundo ele, isso ocorre por causa da vis&atilde;o do governo de que o desenvolvimento &eacute; o que importa.</p> <p> &ldquo;Tivemos muitos avan&ccedil;os que agora est&atilde;o caminhando para retrocessos. Tudo aquilo que veio da Rio92 est&aacute; agora sob amea&ccedil;a, incluindo a redu&ccedil;&atilde;o de unidades de conserva&ccedil;&atilde;o por medidas provis&oacute;rias, modifica&ccedil;&atilde;o na legisla&ccedil;&atilde;o de prote&ccedil;&atilde;o das florestas, mudan&ccedil;as no sistema de licenciamento, fragilizando a capacidade de avalia&ccedil;&atilde;o de danos ambientais. Tudo o que possa amea&ccedil;ar o crescimento a qualquer custo tem que ser eliminado. &nbsp;</p> <p> O documento Agenda Socioambiental: Avan&ccedil;os e Obst&aacute;culos P&oacute;s-Rio92 foi assinado por 11 entidades ambientais e pode ser acessado no &nbsp;endere&ccedil;o <a href="http://www.idsbrasil.net" target="_blank">www.idsbrasil.net</a>.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p> Acompanhe a <a href="http://www.rio20.ebc.com.br" rel="nofollow">cobertura multim&iacute;dia</a> da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC)</strong> na Rio+20.</p> agenda ambiental Agenda Socioambiental: Avanços e Obstáculos Pós Rio-92 barragens Código Florestal Cúpula dos Povos impacto ambiental movimentos sociais retrocesso Rio+20 Rio92 SOS Mata Atlântica Sat, 16 Jun 2012 19:12:10 +0000 aquintiere 697208 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/