Marka https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/132246/all pt-br Justiça extingue pena do ex-banqueiro Salvatore Cacciola https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-04-17/justica-extingue-pena-do-ex-banqueiro-salvatore-cacciola <p> Douglas Corr&ecirc;a<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; A Justi&ccedil;a do Rio concedeu indulto e extinguiu a pena do ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, que estava em livramento condicional desde 23 de agosto do ano passado. Cacciola foi condenado a 13 anos de reclus&atilde;o por crimes contra o sistema financeiro.</p> <p> A decis&atilde;o de extinguir a pena &eacute; da ju&iacute;za Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execu&ccedil;&otilde;es Penais do Tribunal de Justi&ccedil;a do Rio. Ela argumenta, na decis&atilde;o, &ldquo;que o apenado tem mais de 60 anos, completou um ter&ccedil;o da pena e n&atilde;o cometeu falta grave nos &uacute;ltimos 12 meses anteriores &agrave; concess&atilde;o do benef&iacute;cio, atendendo, assim, a todos os requisitos dispostos no decreto [que prev&ecirc; o benef&iacute;cio]&rdquo;.</p> <p> Dono do Banco Marka, Salvatore Cacciola foi preso pela primeira vez em 2000, um ano ap&oacute;s o esc&acirc;ndalo da ajuda do Banco Central ao banqueiro ap&oacute;s a maxidesvaloriza&ccedil;&atilde;o do real. Uma opera&ccedil;&atilde;o que causou preju&iacute;zo de R$ 1,5 bilh&atilde;o &agrave; autoridade monet&aacute;ria. Em janeiro de 1999, quando o Banco Central elevou o teto da cota&ccedil;&atilde;o do d&oacute;lar de R$ 1,22 para R$ 1,32, o ent&atilde;o presidente da institui&ccedil;&atilde;o, Francisco Lopes, disse ter emprestado o dinheiro aos bancos Marka e FonteCindam, que estavam expostos no mercado futuro de c&acirc;mbio, para evitar uma crise sist&ecirc;mica (generalizada) do sistema financeiro nacional.</p> <p> Ap&oacute;s a pris&atilde;o, em 2000, Cacciola conseguiu um <em>habeas corpus</em>, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aur&eacute;lio Mello. Aproveitando-se do benef&iacute;cio, fugiu para a It&aacute;lia, onde tem cidadania. O <em>habeas corpus</em> foi cassado pelo pr&oacute;prio STF, mas o ex-banqueiro n&atilde;o retornou ao Brasil e passou a ser considerado foragido da Justi&ccedil;a brasileira.</p> <p> Na It&aacute;lia, o ex-banqueiro tornou-se s&oacute;cio de um confort&aacute;vel hotel em Roma, com di&aacute;rias de at&eacute; 500 euros. Em 2005, ainda foragido, foi condenado pela Justi&ccedil;a Federal a 13 anos de pris&atilde;o pelo crime de peculato (desvio de dinheiro p&uacute;blico) e gest&atilde;o fraudulenta.</p> <p> Em 2008, Cacciola viajou para o Principado de M&ocirc;naco, onde foi reconhecido, preso e extraditado para o Brasil, onde cumpriu pena em um pres&iacute;dio de seguran&ccedil;a m&aacute;xima no Complexo de Bangu, no Rio de Janeiro. No ano passado, foi beneficiado com liberdade condicional e passou a cumprir a pena em regime semiaberto.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Vinicius Doria</em></p> Cacciola Fonte Cindan indulto Justiça Marka sistema financeiro Tue, 17 Apr 2012 23:18:33 +0000 vinicius.doria 693108 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/