abelhas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/127570/all pt-br Nova técnica para reprodução de abelhas pode facilitar polinização de lavouras https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-24/nova-tecnica-para-reproducao-de-abelhas-pode-facilitar-polinizacao-de-lavouras <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist639716/prev/AgenciaBrasil230712_VAC6186.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Camila Maciel<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Uma nova t&eacute;cnica para a reprodu&ccedil;&atilde;o de abelhas sem ferr&atilde;o pode facilitar a poliniza&ccedil;&atilde;o de lavouras no pa&iacute;s, o que levaria &agrave; redu&ccedil;&atilde;o do custo das produ&ccedil;&otilde;es agr&iacute;colas e &agrave; melhoria da produtividade em at&eacute; 40%. Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu&aacute;ria (Embrapa), da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP) e da Universidade Federal Rural do Semi&aacute;rido (UFERSA) desenvolveram um m&eacute;todo pelo qual as larvas rec&eacute;m-nascidas recebem uma quantidade seis vezes maior de alimento do que est&atilde;o acostumadas. Dessa forma, todas as abelhas f&ecirc;meas superalimentadas se tornam rainhas.</p> <p> Atualmente, uma das principais limita&ccedil;&otilde;es para utilizar abelhas sem ferr&atilde;o na poliniza&ccedil;&atilde;o &eacute; a dificuldade em produzir col&ocirc;nias em quantidade suficiente para atender &agrave; demanda dos agricultores. A maioria dessas esp&eacute;cies, como a mandaguari e a jata&iacute;, apresentam baixo n&uacute;mero de rainhas. Elas s&atilde;o respons&aacute;veis por colocar os ovos e formar as col&ocirc;nias. &ldquo;[Com a nova t&eacute;cnica,] a partir de uma &uacute;nica col&ocirc;nia consigo produzir 2 mil rainhas em um m&ecirc;s. &Eacute; um n&uacute;mero bastante elevado&rdquo;, explicou Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Amaz&ocirc;nia Oriental e autor do estudo.</p> <p> De acordo com Menezes, para polinizar toda a &aacute;rea plantada de morango no Brasil, por exemplo, seriam necess&aacute;rias cerca de 50 mil colmeias da abelha jata&iacute; ou mandaguari. &ldquo;Atualmente, a gente n&atilde;o tem quem forne&ccedil;a essa grande quantidade&rdquo;, informou. Ele explicou ainda que muito produtores precisam contratar trabalhadores para passar o dedo de flor em flor para transportar o gr&atilde;o de p&oacute;len pela falta das abelhas, o que aumenta custo da produ&ccedil;&atilde;o. Um dos exemplos em que esse trabalho &eacute; necess&aacute;rio &eacute; no cultivo do maracuj&aacute;. &ldquo;Se n&atilde;o tiver poliniza&ccedil;&atilde;o, a produ&ccedil;&atilde;o de frutos &eacute; zero&rdquo;, destacou.</p> <p> O processo de poliniza&ccedil;&atilde;o ocorre naturalmente quando animais fazem o transporte do p&oacute;len de uma flor para outra. As plantas fornecem o recurso alimentar, geralmente o n&eacute;ctar, e as abelhas, que s&atilde;o os principais agentes polinizadores, coletam. Nesse processo, elas se sujam de p&oacute;len e, ao visitar outra flor, transportam esse gr&atilde;o, levando &agrave; reprodu&ccedil;&atilde;o da planta. Para cada tipo de flor, uma esp&eacute;cie de abelha &eacute; adequada ao trabalho. &ldquo;Al&eacute;m de o custo ser bem menor, a abelha &eacute; muito mais eficiente que o ser humano. Nasceram para fazer isso. Quando voc&ecirc; aluga uma col&ocirc;nia, ela j&aacute; tem 10 mil indiv&iacute;duos trabalhando&rdquo;, explicou. Isso aumenta a produ&ccedil;&atilde;o em cerca de 20% a 40%, apontou Menezes.</p> <p> Al&eacute;m do baixo n&uacute;mero de rainhas, o grande volume de &aacute;rea desmatada para planta&ccedil;&atilde;o e o uso intensivo de pesticidas explicam a insufici&ecirc;ncia de abelhas. Nesse sentido, os primeiros projetos em campo da pesquisa, a serem iniciados no pr&oacute;ximo ano, ser&atilde;o feitos na regi&atilde;o sul do estado de Minas Gerais. &ldquo;&Eacute; onde o controle biol&oacute;gico j&aacute; &eacute; bastante difundido&rdquo;, disse Menezes. Ele ressaltou que o estudo est&aacute; sendo feito em parceria com uma empresa produtora de agentes biol&oacute;gicos para que seja disponibilizado um pacote de servi&ccedil;os mais adequado &agrave; poliniza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;N&atilde;o adianta nada o agricultor alugar colmeia e bater bastante inseticida, porque vai matar abelhas&rdquo;, justificou.</p> <p> Hoje, o servi&ccedil;o de aluguel de colmeias para a poliniza&ccedil;&atilde;o de lavouras s&oacute; est&aacute; dispon&iacute;vel em esp&eacute;cies com ferr&atilde;o. De acordo com o pesquisador, o custo m&eacute;dio &eacute; R$ 60 pelo per&iacute;odo de dois meses. &ldquo;Na &eacute;poca da planta&ccedil;&atilde;o, o agricultor vai alugar o servi&ccedil;o e a gente estaciona as abelhas no per&iacute;odo da flora&ccedil;&atilde;o. No caf&eacute;, por exemplo, dura em torno de 15 dias&rdquo;, explicou. No caso das abelhas sem ferr&atilde;o, como &eacute; um mercado novo, n&atilde;o h&aacute; estimativa de pre&ccedil;o, mas Menezes avalia que o custo deve ser similar ao que &eacute; praticado atualmente.</p> <p> Os pesquisadores est&atilde;o, agora, iniciando a fase de coleta de col&ocirc;nias para produ&ccedil;&atilde;o em larga escala. &nbsp;A partir do pr&oacute;ximo ano, as col&ocirc;nias ser&atilde;o levadas para a planta&ccedil;&atilde;o, a fim de testar o funcionamento delas e, em 2015, espera-se que o servi&ccedil;o esteja dispon&iacute;vel.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em><br /> &nbsp;</p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></p> abelhas lavouras nova técnica Pesquisa e Inovação polinização reprodução Tue, 24 Dec 2013 12:14:47 +0000 gracaadjuto 737213 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Ibama reavalia uso de quatro tipos de agrotóxico e sua relação com o desaparecimento de abelhas no país https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-07-25/ibama-reavalia-uso-de-quatro-tipos-de-agrotoxico-e-sua-relacao-com-desaparecimento-de-abelhas-no-pais <p> Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Mesmo na aus&ecirc;ncia de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redu&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de abelhas em v&aacute;rias partes do pa&iacute;s, em decorr&ecirc;ncia de quatro tipos de agrot&oacute;xico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov&aacute;veis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecu&aacute;ria brasileira, principalmente para as culturas de algod&atilde;o, soja e trigo.</p> <p> Al&eacute;m de reduzir as formas de aplica&ccedil;&atilde;o desses produtos, que n&atilde;o podem ser mais disseminados via a&eacute;rea, o &oacute;rg&atilde;o ambiental iniciou o processo de reavalia&ccedil;&atilde;o das subst&acirc;ncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos &uacute;ltimos dois anos pelo Ibama como nocivos &agrave;s abelhas.</p> <p> Segundo o engenheiro M&aacute;rcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avalia&ccedil;&atilde;o e Controle de Subst&acirc;ncias Qu&iacute;micas do Ibama, a decis&atilde;o n&atilde;o foi baseada apenas na preocupa&ccedil;&atilde;o com a pr&aacute;tica ap&iacute;cola, mas, principalmente, com os impactos sobre a produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola e o meio ambiente.</p> <p> Estudo da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Agricultura e Alimenta&ccedil;&atilde;o (FAO), publicado em 2004, mostrou que as abelhas s&atilde;o respons&aacute;veis por pelo menos 73% da poliniza&ccedil;&atilde;o das culturas e plantas. &ldquo;Algumas culturas, como a do caf&eacute;, poderiam ter perdas de at&eacute; 60% na aus&ecirc;ncia de agentes polinizadores&rdquo;, explicou o engenheiro.</p> <p> A primeira subst&acirc;ncia a passar pelo processo de reavalia&ccedil;&atilde;o ser&aacute; o imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro ingredientes sob monitoramento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase 60 empresas que usam a subst&acirc;ncia em suas f&oacute;rmulas. Dados divulgados pelo Ibama revelam que, em 2010, praticamente 2 mil toneladas do ingrediente foram comercializadas no pa&iacute;s.</p> <p> A reavalia&ccedil;&atilde;o &eacute; consequ&ecirc;ncia das pesquisas que mostraram a rela&ccedil;&atilde;o entre o uso desses agrot&oacute;xicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos de mortandade identificados, o agente causal era uma das subst&acirc;ncias que est&atilde;o sendo reavaliadas. Al&eacute;m disso, em 80% das ocorr&ecirc;ncias, havia sido feita a aplica&ccedil;&atilde;o a&eacute;rea.</p> <p> O engenheiro explicou que a reavalia&ccedil;&atilde;o deve durar, pelo menos, 120 dias, e vai apontar o n&iacute;vel de nocividade e onde est&aacute; o problema. &ldquo;&Eacute; o processo de reavalia&ccedil;&atilde;o que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos. Podemos chegar &agrave; conclus&atilde;o de que precisa banir o produto totalmente, para algumas culturas ou apenas as formas de aplica&ccedil;&atilde;o ou a &eacute;poca em que &eacute; aplicado e at&eacute; a dose usada&rdquo;, acrescentou.</p> <p> Mesmo com as restri&ccedil;&otilde;es de uso, j&aacute; em vigor, tais como a proibi&ccedil;&atilde;o da aplica&ccedil;&atilde;o a&eacute;rea e o uso das subst&acirc;ncias durante a florada, os produtos continuam no mercado. Juntos, os agrot&oacute;xicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10% do mercado de inseticidas no pa&iacute;s. Mas existem culturas e pragas que dependem exclusivamente dessas f&oacute;rmulas, como o caso do trigo, que n&atilde;o tem substituto para a aplica&ccedil;&atilde;o a&eacute;rea.</p> <p> Hoje (25), o &oacute;rg&atilde;o ambiental j&aacute; sentiu as primeiras press&otilde;es por parte de fabricantes e produtores que alertaram os t&eacute;cnicos sobre os impactos econ&ocirc;micos que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produ&ccedil;&atilde;o quanto de contratos j&aacute; firmados com empresas que fazem a aplica&ccedil;&atilde;o a&eacute;rea.</p> <p> Freitas disse que as rea&ccedil;&otilde;es da ind&uacute;stria s&atilde;o naturais e, em tom tranquilizador, explicou que o trabalho de reavalia&ccedil;&atilde;o &eacute; feito em conjunto com a Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) e com o Minist&eacute;rio da Agricultura &ndash; &oacute;rg&atilde;os que tamb&eacute;m s&atilde;o respons&aacute;veis pela autoriza&ccedil;&atilde;o e registro de agrot&oacute;xicos no pa&iacute;s. &ldquo;Por isso vamos levar em considera&ccedil;&atilde;o todas as vari&aacute;veis que dizem respeito &agrave; sa&uacute;de p&uacute;blica e ao impacto econ&ocirc;mico sobre o agroneg&oacute;cio, sobre substitutos e ver se h&aacute; resist&ecirc;ncia de pragas a esses substitutos e seus custos&rdquo;, explicou o engenheiro.</p> <p> No Brasil, a rela&ccedil;&atilde;o entre o uso dessas subst&acirc;ncias nas lavouras e o desaparecimento de abelhas come&ccedil;ou a ser identificada h&aacute; pouco mais de quatro anos. O diagn&oacute;stico foi feito em outros continentes, mas, at&eacute; hoje, nenhum pa&iacute;s proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restri&ccedil;&otilde;es r&iacute;gidas.</p> <p> Na Europa, de forma geral, n&atilde;o &eacute; permitida a aplica&ccedil;&atilde;o a&eacute;rea desses produtos. Na Alemanha, esse tipo de aplica&ccedil;&atilde;o s&oacute; pode ser feito com autoriza&ccedil;&atilde;o especial. Nos Estados Unidos a aplica&ccedil;&atilde;o &eacute; permitida, mas com restri&ccedil;&atilde;o na &eacute;poca de flora&ccedil;&atilde;o. Os norte-americanos tamb&eacute;m est&atilde;o reavaliando os agrot&oacute;xicos compostos por uma das quatro subst&acirc;ncias.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> abelhas agronegócio agrotóxicos fao Ibama lavouras Meio Ambiente Ministério da Agricultura polinização saúde pública Wed, 25 Jul 2012 21:09:15 +0000 lana 699740 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Parlamento Europeu pede mais recursos para controle de doenças que matam abelhas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-11-15/parlamento-europeu-pede-mais-recursos-para-controle-de-doencas-que-matam-abelhas <p> <em>Da Ag&ecirc;ncia Lusa</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O Parlamento Europeu (PE) pediu hoje (15), em Estrasburgo, na Fran&ccedil;a, refor&ccedil;o do apoio dado para a investiga&ccedil;&atilde;o, preven&ccedil;&atilde;o e controle de doen&ccedil;as que matam as abelhas e a destina&ccedil;&atilde;o de mais recursos &agrave; apicultura na Pol&iacute;tica Agr&iacute;cola Comum (PAC), ap&oacute;s 2013.</p> <p> Um relat&oacute;rio aprovado nesta ter&ccedil;a-feira pelos deputados estima que se o aumento da taxa de mortalidade das abelhas na Uni&atilde;o Europeia (UE) n&atilde;o for levado em conta, haver&aacute; um &quot;impacto negativo profundo na agricultura, na produ&ccedil;&atilde;o e seguran&ccedil;a alimentares&quot;.</p> <p> O PE fez um apelo para um maior apoio &agrave; investiga&ccedil;&atilde;o e ao desenvolvimento de medicamentos veterin&aacute;rios a fim de combater os agentes patog&ecirc;nicos que afetam as abelhas na UE, especialmente o acar&iacute;deo <em>Varroa destructor</em>, um parasita que ataca as col&ocirc;nias de abelhas e destr&oacute;i as colm&eacute;ias.</p> <p> A estimativa &eacute; que 76% da produ&ccedil;&atilde;o alimentar na UE dependa da poliniza&ccedil;&atilde;o das abelhas, sendo que o cont&iacute;nuo aumento da taxa de mortalidade desses insetos ter&aacute; um &quot;impacto negativo profundo&quot; na agricultura, na produ&ccedil;&atilde;o e seguran&ccedil;a alimentares, na biodiversidade, na sustentabilidade ambiental e nos ecossistemas.</p> <p> Segundo o relat&oacute;rio, 84% das esp&eacute;cies vegetais europeias s&atilde;o polinizadas por abelhas. A produ&ccedil;&atilde;o desses vegetais, conforme o estudo, tem um valor econ&ocirc;mico muito superior ao do mel produzido, representando 15 bilh&otilde;es de euros ao ano. O setor da apicultura &eacute; tamb&eacute;m uma fonte de rendimentos prim&aacute;rios ou suplementares para mais de 600 mil europeus.</p> <p> Os deputados solicitam tamb&eacute;m, &agrave; Comiss&atilde;o Europeia, que crie uma rede de seguran&ccedil;a ou um sistema de seguros comum para a apicultura para atenuar o impacto das situa&ccedil;&otilde;es de crise no setor. V&aacute;rios Estados-Membros registram condi&ccedil;&otilde;es ambientais e agr&iacute;colas especialmente favor&aacute;veis &agrave; apicultura, como &eacute; o caso da Fran&ccedil;a, Gr&eacute;cia, Hungria, It&aacute;lia, Pol&ocirc;nia, de Portugal, da Rom&ecirc;nia e Espanha.</p> abelhas alimentos Internacional Parlamento Europeu polinização política agrícola recursos Tue, 15 Nov 2011 16:33:03 +0000 lana 683157 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/