Ministério Público fiscaliza 50 unidades públicas de saúde no Rio

04/12/2013 - 20h50

 

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro fiscalizou 50 unidades públicas de saúde na cidade do Rio, entre os dias 12 e 19 de agosto. Várias irregularidades foram constatadas, principalmente relativas ao tempo de espera por internação em leitos hospitalares.

O relatório completo será apresentado amanhã (5), durante audiência pública na sede da entidade. Um texto com informações preliminares foi divulgado hoje (4), indicando que o maior tempo de espera é verificado nas especialidades de ortopedia (9 dias), oncologia (12 dias) e infectologia (16 dias).

A fiscalização foi conduzida pelas promotorias de Justiça e de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, com a participação das promotoras Anabelle Macedo Silva, Patrícia Silveira Tavares e Madalena Junqueira. Além da falta de leitos, o MP detectou falta de sistema informatizado para organizar as filas de pacientes que aguardam por vaga, a falta de critérios claros para definir quem deve receber prioritariamente a vaga no hospital e ausência de cooperação entre hospitais federais, estaduais e municipais.

Para a promotora Madalena Junqueira, o levantamento, apesar de inédito, mostrou uma realidade que não é nova. “O dado alarmante encontrado foi que de 1.225 pacientes encontrados nas emergências, 812 aguardavam internação e, desses, 220 esperavam para ser internados em leitos de unidades de tratamento intensivo. Além disso, foi constatado que 32 leitos estavam vazios e que, nesse período, houve 209 óbitos. Isso demonstra uma total desorganização do sistema”, disse a promotora.

A audiência pública ocorrerá das 12h às 19h, no auditório do Ministério Público, no centro do Rio. Além das promotoras, participarão gestores públicos, representantes de conselhos profissionais de Saúde, do Poder Judiciário e da Defensoria Pública.

 

Edição: Aécio Amado

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil