Portuários do Rio de Janeiro fazem greve de 24 horas

07/11/2013 - 15h24

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os trabalhadores dos portos do Rio de Janeiro vão parar por 24 horas, em uma greve de advertência. A paralisação começou às 7h de hoje (7). De acordo com o Sindicato dos Portuários do Estado do Rio de Janeiro, o acordo coletivo da categoria já deveria ter sido assinado, mas a Companhia Docas não apresentou nenhuma contraproposta até o momento.

Segundo o presidente do sindicato, Sergio Giannetto, os trabalhadores reivindicam aumento real, que não ocorre há pelo menos cinco anos. “O acordo coletivo deveria ter sido assinado em junho, mas não foi até agora, fizemos proposta, negociamos e eles estão nos enrolando. Já faz cinco anos que dizem 'ano que vem vocês vão ter aumento real', 'ano que vem vocês vão ter aumento real'. Então, nós estamos pedindo, além da inflação, 5% de aumento real e 5% de produtividade”.

A categoria também reivindica a regulamentação da guarda portuária, o reenquadramento dos funcionários ativos e aposentados, o pagamento de horas extras em feriados e mudanças nos critérios de concessão das promoções. “Não usaram o percentual que tem que usar para isso”, alega Giannetto.

Além disso, segundo ele, as condições de trabalho são precárias. “A empresa não dá as condições de trabalhar. Se a gente utilizar como tem que ser feita toda a fiscalização dos portões, dá um nó na cidade. Lá em Itaguaí, fizeram uma operação-padrão, fazendo exatamente o que o código manda fazer, está tendo engarrafamento. Nós tivemos 100% de adesão, parou totalmente”.

A Docas tem cerca de mil funcionários e é responsável pela operação dos portos do Rio de Janeiro, de Itaguaí, Angra dos Reis e de Niterói. Amanhã (8), o trabalho volta ao normal e na próxima terça-feira (12) haverá nova assembleia para decidir os rumos do movimento e avaliar uma possível greve por tempo indeterminado.

A Companhia Docas foi procurada pela Agência Brasil para se manifestar. Foi informado à reportagem que não há expediente hoje por causa da paralisação.
 

Edição: Carolina Pimentel

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