Mil pequenos empreendedores de comunidades pacificadas já conseguiram crédito para seus negócios

07/10/2013 - 21h08

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Mil micro e pequenos empreendedores de comunidades com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na capital fluminense já foram beneficiados com o contrato de microcrédito oferecido pela Agência Estadual de Fomento (AgeRio). O anúncio foi feito hoje (7) pelo governo do estado.  

Com objetivo de estimular o empreendedorismo nas comunidades pacificadas na capital fluminense, o governo do estado anunciou hoje (7) que atingiu a marca de mil micro e pequenos empreendedores de localidades com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) que foram comtemplados com o contrato de microcrédito, oferecido pela Agência Estadual de Fomento (AgeRio).  

Os financiamentos vão de R$ 300 a R$ 15 mil, com juros de 0,25% ao mês (3% ao ano), com recursos provenientes do Fundo UPP Empreendedor. Além do crédito, o trabalho da agência inclui o acompanhamento orientado ao empreendedor, com ações como assessoria e dicas de educação financeira.    

De acordo com presidente da AgeRio, Domingos Vargas, o milésimo contrato representa mais de R$ 5 milhões em volume de crédito concedido ao empreendedor de comunidades pacificadas. "Isso faz o capital circular. Nós precisamos desenvolver essas modalidades para trazer não só a população da comunidade para esse meio, mas também que todos os moradores da cidade possam contribuir e gerar renda e empregabilidade nessas regiões", disse Vargas.  

Os contratos de microcrédito, iniciados em 2012, são negociados nas próprias comunidades pacificadas, onde foram instalados postos de atendimento. Podem participar do programa empreendedores formais e informais das 34 comunidades atendidas pela AgeRio. Os segmentos de vestuário, beleza e estética, e comércio de alimentos receberam mais de 60% do crédito concedido.

Para a cabeleireira Sandra Meira, moradora do Morro da Coroa, na zona norte do Rio, o microcrédito é uma grande chance para muitos moradores de favelas do Rio, que não tinham mais expectativa profissional.  

"Para nós, é uma sensação de poder contribuir com o desenvolvimento da nossa comunidade. Eu não tinha muitas opções, hoje, graças a Deus, o meu salão tem uma clientela muito boa. Pessoas que não moram em comunidades, pessoas de classe média e alta, vêm me procurar. Nesse sentido, o trabalho de pacificação das comunidades também foi importante para dar esperança às pessoas, não existe desenvolvimento sem paz", contou a moradora.  

Edição: Juliana Andrade

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