Conferência do Meio Ambiente do Rio escolhe hoje propostas para encontro nacional

15/09/2013 - 16h10

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Delegados dos 92 municípios fluminenses estão reunidos na 4ª Conferência do Meio Ambiente do Rio de Janeiro. O evento, que começou na sexta-feira (13), termina hoje (20) com a escolha das 20 melhores propostas que tratam da destinação adequada de resíduos sólidos. Elas serão apresentadas na conferência nacional, marcada para o fim de outubro, em Brasília.

Para Maria Augusta Ferreira Miguel, da organização não governamental (ONG) Rio Ambiental, o encontro possibilitou a troca de ideias entre os integrantes da cadeia de reciclagem. “Há catadores, indústria, comércio, sociedade civil e os próprios governos de todos os 92 municípios. Essa integração acaba trazendo um compromisso e um entendimento maior de que reciclar é necessário e possível”, disse.

Serão eleitas cinco propostas de cada um dos quatro eixos: produção e consumo sustentáveis, redução de impactos ambientais, geração de emprego, trabalho e renda e educação ambiental. De acordo com a superintendente de Articulação Institucional da Secretaria Estadual do Ambiente, Denise Lobato, o saldo do encontro que teve como tema a questão dos resíduos sólidos, foi extremamente positivo.

“Dos 92 municípios, 76 fizeram, ou sozinhos ou organizados regionalmente, conferências municipais para discutirem o tema resíduos. Conseguimos mobilizar os gestores públicos municipais e a sociedade com relação a esse tema da maior importância”, ressaltou.

A representante do Movimento Nacional dos Catadores, Claudete Costa, espera que as propostas relacionadas à geração de trabalho, emprego e renda, voltadas para os catadores, acabem eleitas na conferência nacional. Entre elas, a criação de fundos a fim de formar capital de giro para as cooperativas e associações de catadores e de políticas públicas para a legalização da categoria. “Buscamos mais dignidade, mais benefícios e que a logística reversa [restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial] e a lei de resíduos sólidos façam de fato parte do dia a dia dos catadores”, disse.

 

Edição: Aécio Amado

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