Dupla explosão no Consulado dos EUA no Afeganistão mata cinco e fere 23

13/09/2013 - 10h33

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Uma dupla explosão em Herat (Afeganistão) deixou hoje (13) pelo menos cinco mortos e 23 feridos. O Consulado dos Estados Unidos foi alvo de uma explosão com dois carros-bomba, no começo da manhã. Os relatos informam que homens armados e com coletes entraram no prédio do consulado e lá detonaram os veículos. Herat fica a 640 quilômetros de Cabul, capital afegã.

O Taleban assumiu a autoria do ataque e porta-voz do grupo, Zabiullha Mujahid, confirmou a participação dos militares nas explosões. As vítimas, segundo informações preliminares, são um civil, dois guardas e dois homens armados que participaram do ataque. A maioria dos feridos, são pessoas que passavam na rua, além de guardas.

A dupla explosão causou a destruição parcial de várias casas próximas ao consulado. As emissoras de televisão locais mostraram portões e muros de algumas residências destruídos. Desde abril, o Talebã promove ofensivas no Afeganistão – onde ainda há cerca de 98 mil homens das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Em junho, o governo do Afeganistão anunciou a segunda fase do processo de transição da segurança do país, no qual as forças afegãs assumem o controle da segurança em todo o país. O processo de transferência de controle é gradual e começou em julho de 2011.

Até então, a segurança no Afeganistão era controlada pelas forças da Otan, com cerca de cem mil militares, que devem deixar o país até o final de 2014. As forças da Otan são formadas por militares de vários países, inclusive da Europa e dos Estados Unidos, entre outros.

As tropas dos Países Baixos foram as primeiras a deixar o Afeganistão, em 2010. A retirada total dos militares estrangeiros do país ocorrerá treze anos depois de iniciada a ocupação militar do país. A guerra do Afeganistão foi um dos conflitos mais longos da história recente envolvendo os Estados Unidos e aliados.

*Com informações da agência pública de notícias da China, Xinhua   //    Edição: Denise Griesinger