Pelo menos cinco manifestantes são presos no DF após conflito com a Polícia Militar

06/09/2013 - 14h29

Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Manifestantes e policiais entraram em conflito na manhã de hoje (6) em Brasília devido a protestos ocorridos nos principais acessos do Entorno do Distrito Federal. De acordo com a Polícia Militar (PM) do DF, cinco pessoas foram presas - uma das quais, segundo a corporação, tem passagem pela polícia por roubo, porte ilegal de arma e cumpre prisão domiciliar. Ainda não há informações sobre em quais delegacias os manifestantes estão detidos.

A assessoria de imprensa da Organização de Comunicação Universitária Popular (Ocup), que participou dos protestos de hoje, informou que há seis presos e três feridos sendo atendidos no Hospital Regional do Guará. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, ainda não há registro de entradas de manifestantes atingidos.

Os manifestantes reclamam que a polícia usou de extrema violência, com cassetetes, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e cães. A polícia alegou que as armas de efeito moral foram usadas para dispersar os manifestantes e liberar as pistas. Segundo a PM, havia pessoas encapuzadas, que foram abordadas para identificação.

Os protestos têm a participação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Coletivo Luta Vermelha, do Movimento Honestinas, Brasil e Desenvolvimento, do Movimento contra o Aterro Sanitário de Samambaia e da Assembleia dos Povos.

A estimativa da Ocup é a de que cerca de 300 pessoas tenham participado dos protestos em cada um dos pontos de bloqueio, em que foram queimados galhos e pneus. A PM informou à Agência Brasil que participaram dos protestos aproximadamente 250 pessoas.

A pauta de reivindicações do grupo inclui construção de moradias, auditoria da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), melhoria dos transportes públicos, fim da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), desmilitarização da PM e contra a criação do aterro sanitário de Samambaia.

Outro alvo de reclamações dos manifestantes é a prioridade do governo para os gastos em obras para a Copa do Mundo, em detrimento dos investimentos públicos em transporte, saúde e educação.

Edição: Davi Oliveira // Atualizada às 16h30

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