Papa convoca vigília pela paz na Síria

06/09/2013 - 17h40

Da Rádio Vaticano
 

Cidade do Vaticano – Milhares de pessoas são esperadas amanhã (7) à noite na Praça de São Pedro para participar de uma vigília com o papa Francisco, que rezará pelo fim da crise na Síria. O público terá acesso ao local a partir das 16h30 (hora local), mas a vigília começará às 19h e deve terminar por volta da meia-noite.

O papa fez a convocação para a vigília na oração do Angelus do último domingo (1º). "No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo", disse Francisco. Segundo ele, a humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança.
 
O apelo feito no domingo – não à guerra e sim à paz – será repetido amanhã, na abertura da vigília, que será encerrada com a bênção eucarística do papa Francisco.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, manifestou "total adesão" da entidade ao dia de oração e jejum convocado pelo pontífice. "Não é possível tentar resolver os problemas usando a força", disse dom Leonardo.

O secretário-geral da CNBB ressaltou que a Igreja no brasil entendeu o pedido do papa e destacou que existem forças mais importantes do que as armas para solucionar a crise na Síria. Ele disse ainda que o fato de a vigília coincidir com o Grito dos Excluídos no Brasil é "um motivo a mais para rezar e jejuar".

A situação na Síria também foi abordada no primeiro compromisso do santo padre nesta sexta-feira, um encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales. Francisco e Morales conversaram também sobre a situação socioeconômica e religiosa na Bolívia e sobre a luta contra a desigualdade social e a pobreza. Em julho, no Rio, Morales esteve com o papa, na Jornada Mundial da Juventude, ao lado de outros líderes sul-americanos.

O texto foi ampliado às 17h07 para incluir parte da entrevista do secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, à Rádio Vaticano