Candidatas aprovadas em concurso da PM do Rio protestam por convocação

22/08/2013 - 19h08

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Cerca de 50 mulheres protestaram hoje (22) por não terem sido convocadas para ocupar vagas na Polícia Militar (PM). As manifestantes relataram que há três anos foram aprovadas em concurso público da corporação e até o momento não foram chamadas. O protesto ocorreu em frente ao quartel-general da corporação, no centro da cidade.

Segundo elas, 6,5 mil candidatas aguardam convocação do concurso, feito em setembro de 2010. Com cartazes com frases como "Chega de preconceito na PMERJ [Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro]" e "Abaixo o machismo na corporação", o grupo alega que a demora na convocação está relacionada ao fato de serem mulheres.

De acordo com a porta-voz do grupo, Aretta Poto, nos últimos três anos, todos os candidatos do sexo masculino aprovados foram chamados e apenas parte das mulheres aprovadas foi convocada pela PM. "O estado não quer mulher na corporação. Infelizmente, existe um preconceito muito grande no meio militar com as mulheres", disse Aretta.

Segundo a porta-voz, a PM já indicou que pretende fazer um novo concurso este ano, contrariando a legislação, que prevê mais um certame apenas após a convocação de todos os aprovados na seleção anterior. "Estamos no meio de uma confusão. Não existe nenhum documento oficial, e nenhuma publicação do Diário Oficial que esclareça essa situação. Inicialmente, a validade desse concurso era dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois. Então, nós ainda estamos dentro do prazo de convocação", disse Aretta.

Depois de quase uma hora de protesto, seis representantes se reuniram com o comandante da PM, José Luiz Castro Menezes, por cerca de uma hora e meia. Segundo o grupo, a Secretaria de Segurança Pública fará uma reunião com a Polícia Militar ainda hoje sobre o caso.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria da Polícia Militar pediu que fosse enviado um e-mail com as perguntas. Até a publicação do texto, a assessoria ainda não havia enviado resposta aos questionamentos da reportagem.

Edição: Carolina Pimentel
 

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