Câmara técnica vai analisar e melhorar qualidade e uso de informações sobre criminalidade em São Paulo

25/07/2013 - 23h14

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Secretaria da Segurança Pública paulista quer melhorar a qualidade e o uso das informações sobre a criminalidade no estado. Hoje (25), o órgão informou que vai criar a Câmara Técnica de Análise, Pesquisas e Estatísticas em Segurança Pública e Atividade Policial. A câmara, segundo o secretário de Segurança, Fernando Grella Vieira, vai começar a funcionar no dia 2 de agosto.

“A Câmara Técnica terá a participação da sociedade civil e de representantes das universidades, da secretaria e da Fundação Seade [Sistema Estadual de Análise de Dados] e o objetivo é melhorar a qualidade e o uso das informações que temos a partir das estatísticas”, explicou o secretário. A câmara será uma inovação no país, permitindo o controle social sobre os dados produzidos e também dando condição para que a “sociedade civil e especialistas sugiram a formulação de novas políticas a partir dos dados e informações coletados”.

O grupo que vai compor a câmara será coordenado pelo secretário adjunto da Secretaria de Segurança, Antonio Carlos da Ponte, e pelo sociólogo Renato Sérgio de Lima, da Fundação Seade. Contará também com membros dos conselhos comunitários de Segurança (Consegs) e das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica. Entre as entidades participantes estarão o Instituto Sou da Paz, o Instituto São Paulo Contra a Violência e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

“A população vai, de qualquer forma, ter mais clareza sobre o que significa um determinado dado. Se o dado é bom ou menos bom e o que ele significa. No fundo, o que queremos fazer com a câmara é dar mais transparência, incorporar essa transparência e a prestação de contas como um eixo da política de segurança e, mais do que isso, ampliar os indicadores disponíveis”, disse Renato Sérgio de Lima, representante da Fundação Seade.

Segundo Lima, serão promovidas reuniões e audiências públicas para discutir temas associados à divulgação das estatísticas e dos indicadores relacionados à segurança pública no estado. “A ideia é radicalizar a transparência para que a gente consiga mostrar o que está acontecendo. E, a partir daí, a própria população vai poder contribuir sobre o que está acontecendo”, disse o representante do Seade. “Será mais um órgão de assessoramento do que de ação”, ressaltou.

 

Edição: Aécio Amado

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