Inflação acumulada em 12 meses voltará a ficar dentro da meta no segundo semestre, diz Mantega

05/07/2013 - 18h22

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A inflação acumulada em 12 meses voltará a ficar dentro da meta no segundo semestre, disse hoje (5) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com ele, a estabilização do preço dos alimentos contribuirá para a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos meses.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA, índice usado no regime de metas de inflação, registrou 0,26% em junho, com queda de 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, no entanto, o índice chega a 6,7%, maior que o teto da meta de inflação, de 6,5%.

O ministro destacou que os preços dos alimentos ficaram praticamente estáveis no mês passado, subindo apenas 0,08% em junho. Ele disse esperar que esse comportamento se repita nos próximos meses. “A inflação dos alimentos foi praticamente zero. Isso significa que os alimentos reagiram bem, que a nova safra ajudou a colocar mais ofertas de produtos no mercado. Todos os alimentos estão [com o preço] para baixo. Isso é um bom sinal e esperamos que continue assim”, declarou.

Apesar de os alimentos terem puxado o índice para baixo, Mantega ressaltou que a queda foi generalizada e que os preços estão se comportando bem em diversos setores da economia. “Acho que foi muito importante o IPCA ter dado 0,26% hoje. Se você foi olhar os componentes, caiu alimentação, habitação, serviços, praticamente todos os itens caíram”, disse o ministro.

Em relação ao fato de que a inflação tenha ultrapassado o teto da meta no acumulado de 12 meses, Mantega disse que a desaceleração do IPCA começará a se refletir em índices acumulados mais baixos neste semestre. Ele, no entanto, não arriscou um prazo para a inflação retornar ao intervalo da meta. “Em 12 meses, infelizmente, [o IPCA] ultrapassa o teto da meta, mas o importante é que a diferença está diminuindo. No segundo semestre, em algum momento, ele vai voltar para baixo do limite superior da meta”.

O ministro negou ainda que tenha a intenção de promover mudanças na equipe econômica. Ele reagiu a rumores no mercado financeiro de que o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, estaria para ser demitido.

Edição: Fábio Massalli

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