Carvalho diz que governo está preocupado com aumento da violência durante protestos

21/06/2013 - 14h51

Danilo Macedo e Pedro Peduzzi
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse hoje (21), durante reunião com organizadores da Jornada Mundial da Juventude, que o governo está preocupado com o aumento da violência durante os últimos protestos ocorridos em diversas cidades brasileiras. O ministro destacou que o governo terá de trabalhar para atender “ao novo padrão de exigência” e às demandas que estão surgindo nas manifestações populares.

“O que está preocupando nos últimos momentos, sobretudo, é que as manifestações acabam sendo palco para um tipo de expressão lamentável, irresponsável de vandalismo que não podemos aceitar: ver a Esplanada [dos Ministérios] amanhecer do jeito que amanheceu, com serviços públicos afetados, bem como pontos de ônibus, símbolos públicos importantes como o Itamaraty e como a Catedral de Brasília”, disse o ministro.

Carvalho acrescentou que as manifestações representam uma insatisfação popular que, muitas vezes, é expressa de maneira “menos adequada”, e acrescentou que, além de combate à corrupção e de ética na política, as reivindicações que mais aparecem são relacionadas a melhorias nas áreas de saúde e educação. “[Esses temas] estão a exigir do governo atitudes nessa perspectiva”, disse ele ao se referir “às três esferas” de governo.

“[Os protestos] Também estão a mostrar que essa grande camada de brasileiros, que emergiu da exclusão e que passou a consumir e a se movimentar mais, quer novos direitos. É natural e bom que seja assim porque as pessoas não se contentam com o meio do caminho. Portanto nós mesmos criamos, digamos assim, condições para que houvesse um novo padrão de exigência, e temos agora de correr atrás para atender a essas demandas”, argumentou o ministro.

Segundo ele, a atitude do governo federal, desde o primeiro momento, foi a de “ir ao encontro das manifestações, abrir o Palácio [do Planalto] para conversas com lideranças, tendo a compreensão de que se trata de um novo tipo de movimento, um novo tipo de liderança e de uma nova forma de organização”.

Sobre o encontro de jovens da Igreja Católica, marcado para julho no Rio de Janeiro, Carvalho espera que não ocorra em um clima como o atual. Ainda segundo ele, há dificuldades, por parte do Poder Público, de saber como estará o cenário à época. “Temos confiança de que vamos superar todos os problemas e de fato fazer uma jornada que corresponda a essa expectativa, que sempre tivemos, de um evento que signifique um marco de mobilização pela esperança, pela paz, pela vocação da juventude em se engajar.”

 

Edição: Lílian Beraldo

 

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