Sindicato encaminha denúncia sobre falta de segurança em distribuidoras de combustível do Rio

07/06/2013 - 16h29

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Rio de Janeiro (Sitramico-RJ) encaminhou ofício à representação do Ministério do Trabalho e Emprego no estado e à unidade de Nova Iguaçu da Procuradoria Regional do Trabalho da 1a Região, na Baixada Fluminense, denunciando a falta de segurança nas distribuidoras de lubrificantes e combustíveis.

O documento reproduz as denúncias feitas pelo Sitramico-RJ logo após o incêndio da distribuidora Petrogold, no mês passado, que matou uma pessoa e provocou danos em dezenas de casas. Na época, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) negou as acusações.

A presidenta do Sitramico-RJ, Lígia Deslandes, informou hoje (7) à Agência Brasil que os ofícios têm com objetivo envolver o Poder Público na questão, para mediar o diálogo com a entidade patronal. A área de atuação da procuradoria inclui o município de Duque de Caxias, que concentra grande número de distribuidoras e onde fica a Reduc (Refinaria Duque de Caxias), da Petrobras.

“Na semana que vem, vamos aos ministérios [unidade do Ministério Público do Trabalho e representação do Ministério do Trabalho e Emprego] para forçar uma data de reunião o mais rápido possível. A gente quer negociar com o Sindicom o fim das arbitrariedades cometidas contra os trabalhadores”, informou ela.

O documento cita o incêndio na distribuidora Petrogold, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, no dia 23 de maio, como exemplo do descaso em relação à segurança dos trabalhadores. Dentre as irregularidades cometidas no setor, o ofício aponta o acúmulo de função dos motoristas de caminhões-tanque, que são responsáveis pela condução do veículo e ainda são incumbidos do abastecimento.

Ainda segundo o Sitramico, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) proibiu a prática, por meio da Resolução 3.762/2012, mas o Sindicom entrou com um mandado de segurança contra a medida.

Edição: Davi Oliveira

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