Suspeito de mandar matar radialista da EBC é preso

28/05/2013 - 21h46

Maíra Heinen
Repórter da Rádio Nacional da Amazônia

Brasília - O principal suspeito de mandar matar Lana Micol, radialista e coordenadora da Rádio Nacional do Alto Solimões da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), foi preso hoje (28). Edimar Nogueira, ex-marido da radialista, se apresentou à Delegacia de Polícia Civil de Tabatinga, no Amazonas, por volta das 11h30, acompanhado de uma advogada. A radialista foi assassinada no último domingo (26).

Edimar disse que só vai se pronunciar em juízo. Segundo a delegada Fernanda Cavalcante, que solicitou a prisão preventiva do ex-marido, ele deve ficar preso por 30 dias. O prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias, caso as investigações não sejam concluídas neste período. A delegada já havia convocado Edimar para prestar depoimento, mas ele não apareceu. A delegada informou que ainda investiga quem foram os dois executores do crime.

De acordo com relato de colegas da emissora, Lana Micol estava em um momento de lazer com a filha, de 7 anos, e o namorado, o sargento Alan Bonfim, quando duas pessoas chegaram em uma moto e efetuaram vários disparos. O sargento socorreu a radialista, mas ela chegou sem vida ao Hospital de Guarnição de Tabatinga.

O laudo da perícia apontou oito perfurações no corpo de Lana, mas as informações são preliminares.

Fernanda Cavalcante descarta a possibilidade do crime ter sido motivado por causa do trabalho da radialista."A gente descarta que tenha sido um crime cometido em razão da atuação profissional dela. Até porque ela é uma pessoa bastante querida aqui na comunidade e até onde nós sabemos ela não tinha desavenças e desentendimentos com ninguém", informou.

Em agosto do ano passado, segundo informações da delegada, Lana Micol havia registrado um boletim de ocorrência na delegacia especializada em violência contra mulher. Na ocasião, ela informou que recebia ameaças de morte do ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento. Apesar de estar sob medida protetiva por causa das denúncias, a radialista ainda recebeu ameaças por telefone este ano.

A coordenadora da Rádio Nacional do Alto Solimões, em Tabatinga, deixou dois filhos, uma menina, de 7 anos, e um garoto, de 11 anos.

Edição: Carolina Pimentel

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