Cai o apetite por títulos dos investidores do Programa Tesouro Direto

15/05/2013 - 21h47

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os investidores cadastrados no Programa Tesouro Direto compraram menos títulos em abril deste ano, tanto na comparação com março quanto com o mesmo mês de 2012. De acordo com balanço divulgado hoje (15) pelo Tesouro Nacional, no mês passado o montante financeiro vendido foi R$ 229,6 milhões, 15% menor do que o registrado no período imediatamente anterior e 4,5% inferior ao de abril de 2012.

Os papéis corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram os mais procurados, concentrando 54,6% do valor vendido. Em segundo lugar ficaram os títulos prefixados, que corresponderam a 24,4% do total e, em terceiro, os indexados à Selic (taxa básica de juros) que responderam por 21,1% do todo.

O número total de investidores cadastrados no programa alcançou 346.329, o que representa incremento de 16,9% nos últimos doze meses. No mês de abril, 4.237 novos participantes aderiram ao Tesouro Direto. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 64,5% do volume aplicado no mês.

O estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto cresceu 2,6% em abril, para R$ 9,67 bilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro resgatou R$ 160,7 milhões. Desse total, R$ 160,08 milhões foram comprados de volta de investidores e o restante dos papéis chegou ao fim do prazo. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem que pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional compromete-se a devolver o valor com um adicional, que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente.

Edição: José Romildo

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