USP cria Comissão da Verdade para investigar crimes da ditadura contra professores e alunos

07/05/2013 - 20h34

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Universidade de São Paulo (USP) também vai investigar violações de direitos humanos cometidos durante o regime militar contra professores, alunos e funcionários. Na noite de hoje (7), a USP anunciou a criação de uma Comissão da Verdade destinada a examinar e esclarecer violações que ocorreram na universidade entre os anos de 1964 e 1985.

A universidade informou, por meio da assessoria de imprensa, que a comissão será constituída por sete docentes e terá como presidente o professor Dalmo de Abreu Dallari, da Faculdade de Direito. Além dele integram o colegiado os professores Erney Felicio Plessmann de Camargo, do Instituto de Ciências Biomédicas; Eunice Ribeiro Durham e Janice Theodoro da Silva, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Maria Hermínia Brandão Tavares de Almeida, do Instituto de Relações Internacionais; Silvio Roberto de Azevedo Salinas, do Instituto de Física; e Walter Colli, do Instituto de Química.

Os trabalhos da comissão consistem em receber testemunhos, informações e documentos do período e convidar, para prestar depoimentos, pessoas que tenham conhecimento de fatos referentes às violações de direitos humanos na universidade durante a ditadura militar. Também poderão ocorrer perícias e diligências para se obter informações e documentos referentes ao período.

Todos os trabalhos feitos pela Comissão da Verdade da USP irão contribuir para a Comissão Nacional da Verdade, informou a universidade. Ela vai atuar pelo prazo de um ano e, ao final desse período, elaborará um relatório com os resultados dos trabalhos de investigação.

Na Assembleia Legislativa de São Paulo também foi instaurada uma Comissão da Verdade para apurar as violações ocorridas no estado durante o regime militar.

 

Edição: Aécio Amado

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil