Passeio na Baía de Guanabara, em embarcação da Marinha, encanta turistas e moradores do Rio

04/05/2013 - 12h15

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os turistas e moradores do Rio têm, de quinta a domingo, a oportunidade de fazer uma viagem pela Baía de Guanabara e ainda conhecer, em um passeio de uma hora e 20 minutos, pontos turísticos e históricos da cidade. A bordo do rebocador Laurindo Pitta, da Marinha do Brasil, podem sentir a proximidade de 17 lugares em torno da baía.

"Eu já tinha vindo ao Rio algumas vezes, mas é a primeira que faço a viagem", disse a turista do Rio Grande do Sul, Liana Porto. A professora veio para o Rio com o marido Oswaldo Porto que é engenheiro. Eles não sabiam do passeio até receberem a informação de amigos e do hotel onde se hospedaram. "Eu achei ótimo. É um passeio maravilhoso pelos pontos turísticos", disse. O marido elogiou a iniciativa da Marinha. "É bom ver de pertinho. Vendo ao vivo é melhor. É um bom trabalho da Marinha que disponibiliza para o público tudo isso", analisou.

"Estou impressionada" foi a definição da turista alemã aposentada, Heide Huedner, que ficou sabendo do passeio em um ponto de informações turísticas da prefeitura do Rio. Antes de chegar à capital fluminese, ela esteve em Bonito, Mato Grosso do Sul; em Belo Horizonte, Minas Gerais e em Foz do Iguaçu, no Paraná.

A embarcação parte do Espaço Cultural da Marinha, na Praça XV, centro do Rio. O local foi criado em 1996, mas no prédio já funcionaram as antigas Docas da Alfândega do Rio de Janeiro. O passeio segue e os passageiros podem ver a Estação das Barcas Rio-Niterói, inaugurada em 1906 e o primeiro aeroporto civil do Brasil – o Santos Dumont. Hoje o aeroporto é muito utilizado para a ponte aérea Rio-São Paulo, mas no começo da aviação comercial recebia hidroaviões.

Seguindo um pouco mais, o turista chega à mais antiga instituição de ensino superior do Brasil - a Escola Naval. Originalmente criada em Lisboa, Portugal, com o nome de Academia Real de Guardas-Marinhas, foi transferida para o Brasil com a vinda da família real. Depois de se instalar no Mosteiro de São Bento e após várias mudanças acabou na Ilha de Villegagnon.

Outro destaque no trajeto é o Aterro do Flamengo. O importante projeto do paisagista Roberto Burle Max tem 1.200.000 metros quadrados de área verde. Logo depois vem um dos principais cartões postais do Rio: o Pão de Açúcar chama a atenção dos turistas e não há quem resista a uma foto. Desse ponto da viagem é possível ver também, ao fundo, outros cartões postais da cidade como o Corcovado, a praia de Copacabana e a Pedra da Gávea.

Já no meio da baía, o passageiro tem a visão de Niterói, cidade da região metropolitana do Rio. Lá estão a Fortaleza de Santa Cruz, idealizada pelo francês Villegagnon depois de invadir a cidade, como ponto de defesa na entrada da Baía de Guanabara. Ainda em Niterói está o Museu de Arte Contemporânea, um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer.

Quase terminando o passeio os visitantes podem observar de mais perto ainda a Ilha Fiscal, que recebeu esse nome após sediar um posto de fiscalização alfandegária. Lá aconteceu também, em 1889, a recepção a militares chilenos conhecida como "Último Baile do Império".

A guia turística, Cristina Lima, que trabalha na embarcação informando os visitantes sobre a história dos pontos turísticos, sente alegria ao ver as pessoas descobrindo o Rio de Janeiro. "Muitas pessoas voltam porque gostaram do passeio e trazem os amigos. Todo mundo se empolga com o visual. Tanto estrangeiro como brasileiro. O brasileiro fica encantado também com os detalhes da história", disse ela que nunca teve enjoos nas viagens.

Segundo a Marinha, o Laurindo Pitta foi construído na Inglaterra, em 1910, por encomenda do governo brasileiro. Ele participou da 1ª Guerra Mundial e é o único navio que pertenceu à Divisão Naval em Operações de Guerra ainda em funcionamento.

Os passeios podem ser feitos em dois horários, 13h15 e 15h15. O ingresso custa R$ 15, mas há desconto para estudantes, crianças até 12 anos e pessoas acima de 60 anos, que pagam R$ 7. O bilhete pode ser comprado nos dias de passeio das 11h às 16h.

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Edição: Denise Griesinger

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