Venezuela decreta estado de emergência no setor elétrico para tentar garantir abastecimento

23/04/2013 - 14h22

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou estado de emergência no sistema de serviço elétrico nacional. O decreto vale por 90 dias e tem como objetivo garantir a prestação adequada de serviços à sociedade. Ao orientar o Ministério da Energia Elétrica, Maduro mencionou ações de vândalos que provocaram a desestabilização do setor.

A norma já está em vigor hoje (23), pois foi publicada no Diário Oficial da Venezuela. "É urgente e indispensável adotar medidas extraordinárias", diz o texto, ao lembrar que desde o final de 2012  "há fatores que causam a desestabilização” do setor, e o governo tem observado que há “planos de prática de sabotagem em instalações destinadas aos serviços”.

A Venezuela, nos últimos anos, enfrenta momentos de racionamento. O decreto menciona ainda o crescimento da demanda energética em todo o país em decorrência das conquistas econômicas da população. Pelo texto, as zonas de segurança são os espaços do território com “importância estratégica”. A decisão cita ainda a necessidade de alerta das Forças Armadas em caso de suspeita de “atos de vandalismo”.

Os ministérios de Energia Elétrica e da Defesa devem ditar as normas do regime especial de administração para ações de segurança. O novo ministro de Energia Elétrica, Jesse Chacón, assumiu hoje as funções. Na cerimônia de posse, Maduro cobrou dele um relatório detalhado sobre a suspeita de um plano de sabotagem para o setor de energia elétrica.

Na semana passada, o chefe do  Comando Estratégico Operacional de Fanb, Wilmer Barrientos, informou que 17 cidadãos foram detidos por suspeita de provocar ações de sabotagem em diferentes pontos do sistema elétrico nacional.

Em fevereiro de 2010, o então presidente venezuelano, Hugo Chávez, decretou estado de emergência no serviço elétrico nacional, nas instalações e bens associados por 60 dias. Em abril do mesmo ano, a decisão foi prorrogada.

*Com informações da agência pública de notícias da Venezuela, AVN.

Edição: Talita Cavalcante