Câmara definirá na próxima semana data para votar jornada de trabalho dos enfermeiros

09/04/2013 - 23h57

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A votação do projeto de lei que estabelece uma jornada de trabalho semanal de 30 horas para profissionais de enfermagem poderá ser definida na próxima terça-feira (16) em reunião do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) com os líderes partidários. Hoje, Henrique Alves recebeu representantes dos enfermeiros, acompanhados de deputados favoráveis a regulamentação da jornada de trabalho.

Antes da reunião com o presidente da Câmara, profissionais de enfermagem participaram de seminário na Comissão de Legislação Participativa da Câmara para a discussão da redução da jornada de trabalho da categoria.  O presidente da comissão, deputado Lincoln Portela (PR-MG), disse que o assunto é visto com simpatia pelas lideranças partidárias e que este é o momento de uma ação para a aprovação da proposta.

De acordo com a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que acompanhou os profissionais de enfermagem na audiência com o presidente da Câmara, o compromisso de Henrique Alves é decidir na próxima terça-feira a data de votação do projeto. Segundo ela, a proposta tem apoio de muitos líderes para aprovação.

Feghali acusou os hospitais particulares de fazerem pressão para que o projeto não seja votado. “O setor privado de saúde pressiona contra a votação e justifica com o argumento de que não poderá contratar profissionais com a redução da carga horária”.

O projeto de redução da jornada de trabalho dos enfermeiros tramita no Congresso Nacional há quase 13 anos. Ele foi aprovado pelo Senado e aguarda aprovação dos deputados para então ser encaminhado à sanção presidencial. No entanto, se o texto for alterado na votação da Câmara, ele terá que retornar ao Senado para nova apreciação.

Edição: Fábio Massalli

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil