Banco Central do Chipre vai liquidar o segundo maior banco do país

26/03/2013 - 19h18

Luciano Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Banco Central do Chipre lançou nota hoje (26) informando que vai liquidar o Laiki Bank (Banco Popular), a segunda maior instituição bancária do país, como parte do plano de resgate financeiro firmado com a União Europeia. A informação foi dada logo após o presidente do Banco do Chipre, Andreas Artemi, pedir demissão do cargo por não ter sido consultado sobre o processo de restruturação da instituição financeira. O  Banco do Chipre é o principal banco do país.

De acordo com a Agência Lusa, Artemi não estava de acordo que o Banco do Chipre assumisse as dívidas que o Banco Popular (Laiki Bank) tem com o mecanismo de liquidez do Banco Central Europeu (BCE), no valor de 9 bilhões de euros. Ele também não teria sido consultado sobre a integração das filiais na Grécia por parte do Banco Pireo.

O plano de resgate firmado entre Chipre e a União Europeia  prevê o encerramento do Laiki Bank e a restruturação do Banco do Chipre, em troca de um empréstimo de 10 bilhões de euros, provenientes do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). No comunicado, o Banco Central do Chipre diz que a reestruturação do Banco do Chipre não é sinônimo da sua liquidação. 

Além de uma ampla reestruturação do setor bancário, as autoridades cipriotas também devem assinar nas próximas semanas com a Troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) um protocolo de acordo que prevê reformas estruturais, privatizações e um aumento do imposto sobre as empresas, de 10% para 12,5%.  Desde 16 de março, as instituições bancárias do país estão fechadas para evitar a fuga de capitais. O governo informou que os bancos devem voltar a funcionar na quinta-feira (28).

* Com informações da Agência Lusa

Edição: Fábio Massalli

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil