Mudança na classificação de risco do BNDES não tem efeito sobre desembolsos da instituição, garante Coutinho

21/03/2013 - 20h45

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O rebaixamento das notas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciado ontem (20) pela agência classificadora de risco internacional Moody's, não terá nenhuma repercussão sobre os desembolsos da instituição, assegurou hoje (21) o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. “Nenhum reflexo sobre desembolso. O banco está capitalizado, está tranquilo. Não houve impacto no mercado em relação ao retorno dos papéis do banco lá fora”, disse.

A agência Moody's diminuiu a nota de risco de longo prazo do BNDES, de sua subsidiária BNDES Participações e da Caixa Econômica Federal de A3 para Baa2, ambos com perspectiva estável, em razão da participação das instituições nas políticas anticíclicas do governo brasileiro. Isso gerou um “significativo aumento” nos empréstimos, segundo a Moody's.

Coutinho explicou que os papéis do banco sempre foram cotados tendo como base o risco soberano do Brasil. “Essa empresa específica é que havia aumentado a graduação, enquanto todo o mercado classificador de risco sempre tinha dado uma graduação igual ao do risco soberano. Então, não houve impacto”.

Na avaliação do BNDES, a instituição permanece classificada como “grau de investimento”, o que significa um nível elevado de segurança para o investidor externo. O patrimônio líquido do banco, da ordem de R$ 55 bilhões, corresponde a duas vezes e meia suas obrigações externas, estimadas em R$ 20 bilhões, informou o banco, por meio de sua assessoria de imprensa.

 

Edição: Aécio Amado

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