TCB vai operar empresas de ônibus sob intervenção no DF até que licitação seja concluída

27/02/2013 - 0h01

Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - O presidente da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília Ltda (TCB), Carlos Alberto Koch, disse hoje (26) que a TCB vai operar as linhas e administrar as empresas de ônibus Viva Brasília, Rápido Veneza e Rápido Brasília até que a licitação do governo do Distrito Federal (GDF) para que outras empresas assumam as linhas estejam concluídas.

“O GDF ficará operando na região até que as empresas que ganharem a licitação tenham condições de assumir. Acho factível imaginar que até o final de março a licitação esteja concluída”, disse Koch. Após esse período, segundo ele, as empresas vencedoras da licitação terão seis meses para apresentar a nova frota. Com isso, a TCB seguirá administrando as empresas do Grupo Amaral até setembro.

Na segunda-feira (25), o GDF determinou a intervenção nas três empresas, que pertencem ao Grupo Amaral, por causa do grande número de reclamações dos usuários e para assegurar a prestação dos serviços de transporte coletivo. O grupo também descumpriu compromissos de investimentos para a melhoria do atendimento à população, de acordo com um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em maio do ano passado.

O presidente da TCB garantiu que a população começará a sentir, a partir da próxima semana, os efeitos da intervenção do GDF nas linhas de ônibus do Grupo Amaral. “Semana que vem é um prazo bastante razoável para que o cidadão comece a perceber a atuação do governo nas linhas da Viva Brasília, Rápido Veneza e Rápido Brasília”, disse.

Segundo ele, a prioridade é recuperar os ônibus para aumentar o número de veículos circulando. “No primeiro momento, estamos cuidando dos reparos menores. Já estamos providenciando o suprimento de peças e manutenção de veículos para devolvê-los às ruas”. Em seguida, a empresa deverá cuidar dos reparos maiores, como retífica dos motores avariados.

Larissa Lopes, moradora da cidade de Planaltina, disse que prefere esperar para saber que o serviço de transporte vai melhorar com as medidas adotadas pelo governo. “Sinceramente, acho que não vai resolver nada. A gente só escuta promessa e nada. Mas vamos ver, esperar”. Larissa, que utiliza os ônibus da Viva Brasília, disse que a superlotação durante as viagens e os ônibus velhos são os principais problemas. “Pego ônibus lotado, isso quando não quebra no meio do caminho”.

Luciana Oliveira, passageira da Rápido Brasília, criticou o estado de conservação dos veículos. “Geralmente, quando a gente sai, em torno das 7h da manhã, vimos três, quatro ônibus quebrados pelo caminho”, declarou. Luciana prevê muito trabalho do GDF pela frente. “Tem que haver uma reorganização, respeito aos horários e mais ônibus na rua. Todos saem lotados da rodoviária. Há uma verdadeira disputa pra entrar neles”, completou.

 

Edição: Aécio Amado

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil