Fundo Setorial do Audiovisual destina R$ 50 milhões para 41 longas

05/02/2013 - 18h37

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A produção de 41 longas-metragens – 35 de ficção, três documentários e três animações – terá R$ 50 milhões em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O anúncio foi feito hoje (5) no Rio pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Manoel Rangel, e pelo diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Renato Vianna.

O BRDE é o agente financeiro e parceiro da Ancine na gestão do FSA, hoje um dos principais mecanismos de fomento ao cinema e ao audiovisual no Brasil. Os 41 projetos contemplados na chamada pública Prodecine 01/2012 do FSA  são resultado de um processo seletivo feito em duas etapas. Na primeira, de um total de 139 projetos, 51 foram pré-selecionados para a segunda - uma defesa oral ocorrida no final de janeiro na sede da Ancine, no Rio.

Na atual convocatória, os projetos aprovados foram apresentados por 35 diferentes empresas produtoras de várias regiões do país. De acordo com Rangel, isso reflete a preocupação do FSA com a diversificação da produção cinematográfica brasileira. “A abrangência do fundo pode ser verificada pela cartela de projetos selecionados. Na chamada pública, o comitê de investimentos  decidiu aportar recursos em 26 filmes de diretores estreantes ou com apenas um longa no currículo, ao mesmo tempo em que contemplou diretores renomados”, disse o presidente da Ancine.

Nelson Pereira dos Santos, Domingos Oliveira, Bruno Barreto,Carlos Alberto Prates Corrêa, Hector Babenco, Andrucha Waddington e Lucia Murat são alguns dos cineastas consagrados que receberão recursos do fundo para seus novos projetos. Fora do eixo Rio-São Paulo, que concentra a maior parte da indústria cinematográfica brasileira, foram contemplados projetos de Pernambuco (Brega Naite, de Renata Pinheiro), da Bahia (O Fantasista, de Roberto Studart), do Paraná (O Homem Que Matou a Minha Amada Morta, de Aly Muritiba), do Rio Grande do Sul (Ponto Zero, de José Pedro Goulart) e do Distrito Federal (Pureza, de Renato Barbieri).

De acordo com Rangel, nas três chamadas anteriores o FSA, criado em 2008, investiu R$ 191,5 milhões em projetos de pequenas, médias e grandes produtoras do setor audiovisual. “Entre os filmes lançados comercialmente, estão êxitos de bilheteria como Chico Xavier, 5 Vezes Favela - Agora por Nós Mesmos, De Pernas pro Ar,  Até que a Sorte nos Separe, Xingu e O Palhaço”, disse.

Presente à cerimônia, Nelson Pereira dos Santos ressaltou a importância do FSA para o cinema brasileiro. “Para os cineastas, o Fundo Setorial representa uma garantia de que seus projetos podem ser mais bem estruturados economicamente”, disse Nelson, um dos mais importantes diretores da história do cinema brasileiro e que foi contemplado nesta chamada com R$ 2 milhões para a produção de seu novo filme, Dom Pedro II, sobre os últimos momentos de reinado do monarca.

Edição: Fábio Massalli

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