Parlamentares começam debates que antecedem eleição para presidência do Senado

01/02/2013 - 11h46

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os senadores já estão em fase de debate para definir quem conduzirá os trabalhos na Casa nos próximos dois anos. Foram apresentados à Mesa Diretora os nomes de Renan Calheiros (PMDB-AL) e de Pedro Taques (PDT-MT) para disputar a presidência do Senado. Até o momento, as defesas dos parlamentares foram, em maior parte, a favor de Taques.

Às 11h30, 64 dos 81 senadores registraram presença. O painel estava fechado. Como há dois candidatos, o Regimento Interno do Senado determina que a votação ocorra por cédula de papel.

João Capiberibe (PSB-AP), ao defender Pedro Taques, relembrou as denúncias contra Renan. “Não bastasse o currículo de [Renan] Calheiros, ele é alvo de denúncias no Supremo Tribunal Federal [STF]. O Senado deveria evitar esse desgaste. Temos dois candidatos: um desgastado e com telhado de vidro e outro que representa o novo, a mudança.”

Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que “o nome para renovar a Casa” é o de Pedro Taques. Também em defesa do pedetista, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) disse que, ao votar hoje, os senadores não podem ignorar “o clamor das ruas”, que exige mais transparência e respeito com o bem público.

O senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), em defesa de Renan, rebateu as denúncias veiculadas pela imprensa contra Calheiros. Segundo ele, todas retomam fatos ocorridos em 2007. Vital também destacou a necessidade de os senadores respeitarem o critério da proporcionalidade partidária, ou seja, a maior bancada diplomada na última eleição tem direito à primeira escolha do cargo da Mesa Diretora. “O PMDB não pediu licença para sentar nesta cadeira, mas foi por vontade do povo brasileiro. Temos a maior a bancada e peço que os senador respeitem o princípio da proporcionalidade para não criarmos distorções.”

Na última sexta-feira (25), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou Renan Calheiros por uso de notas ficais frias para pagar pensão alimentícia. Segundo a denúncia, o pagamento era feito por um lobista da empreiteira Mendes Júnior, à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. O escândalo de corrupção fez com que o parlamentar alagoano renunciasse à presidência do Senado em 2007. No Supremo Tribunal Federal (STF), a denúncia vai ser avaliada pelo ministro Ricardo Lewandowski, sem prazo definido.

Edição: Talita Cavalcante

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