Software simula evacuação do Engenhão em menos de sete minutos

29/01/2013 - 17h40

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Um programa de computador simula a evacuação em locais com grande aglomeração de pessoas, como estádios de futebol e grandes shows, foi apresentado hoje (29) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) à administração do Estádio Olímpico do Engenhão.

Segundo a professora de ciência da computação da PUC, Soraia Musse, o programa permite criar um plano de esvaziamento do Engenhão, que tem capacidade para receber até 46 mil pessoas, em seis minutos e 30 segundos. Um teste foi feito usando uma das principais saídas do estádio. O tempo de evacuação chegou a sete minutos, 30 segundos acima do previsto pelo programa. Apesar disso, o tempo está abaixo do exigido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), que é oito minutos para espaço semelhante ao Engenhão.

De acordo com a professora, o software se destaca por simular diferentes eventos, inclusive situações de pânico com tumulto. "Simulações computacionais trazem resultados realistas, sem qualquer risco e com baixo custo, criando um processo de aprimoramento da segurança e do conforto. Podemos agregar comportamentos diferenciados como o trajeto de pessoas com dificuldades de locomoção ou crianças que se perdem dos pais" .

O programa trabalha integrado com informações fornecidas por câmeras de segurança, como localização de saídas de emergência, redimensionamento de corredores, portas e áreas de trânsito. "Isso facilita muito as ações dos policiais, bombeiros e de qualuqer outro órgão de segurança que precise agir em caso de emergência", disse Soraia.

O Engenhão é o principal estádio do Rio, onde ocorrem as principais partidas de futebol dos clubes cariocas, assim como shows e provas de outras modalidades esportivas. O local será palco das principais competições dos Jogos Olímpicos de 2016.

Edição: Carolina Pimentel

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil