Ministro de Minas e Energia durante o racionamento de 2001 diz que não dá para comparar os dois períodos

11/01/2013 - 14h50

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Ministro de Minas e Energia entre 1999 e 2001, ano em que houve racionamento de energia no país, Rodolpho Tourinho disse hoje (11) que não é possível comparar a situação atual do sistema elétrico brasileiro com o de 12 anos atrás. Segundo ele, a capacidade de geração de energia termelétrica hoje é muito maior, em torno de 14 mil megawatts.

Ele não acredita em risco de racionamento. “O que está se olhando é nível de reservatório, quando o que tem que se olhar é nível de reservatório e a capacidade de geração térmica”, disse Tourinho. Ele é presidente do Sindicato Nacional da Indústria Pesada e falou após se reunir por cerca de duas horas com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

“O que ocorreu em 2001 é que não tinha geração térmica e nem se conseguiu fazer um programa emergencial, que aliás deveria ter sido feito anos antes de 2001. São aquelas térmicas que foram programadas (no governo FHC) e outras, no governo Lula, que hoje levam a essa posição de se ter 14 mil megawatts de geração térmica”, disse Tourinho.

Segundo o ex-ministro, os assuntos tratados hoje com a presidenta foram a necessidade de ampliação do financiamento privado e a qualificação de pessoal. Ele disse que o país nunca houve volume tão grande de obras em andamento e programadas. Daí a participação do financiamento privado em infraestrutura ser importante para complementar a atuação do BNDES.

Sobre a qualificação de pessoal, ele disse que é compromisso assumido pela indústria da construção com o governo, e será ampliado este ano. “O setor da construção pesada tem número muito grande de obras, vive quase no pleno emprego e nessas condições a gente precisa qualificar essas pessoas”.

Rodolpho Tourinho disse que confia no caminho que o país está seguindo e que o setor privado tem papel crucial nos programas de melhoria da infraestrutura do país. “O papel da iniciativa privada, hoje, talvez seja mais importante do que foi até aqui". Segundo ele, os programas são de governo, mas a responsabilidade maior é da iniciativa privada. "Por isso ela deve estar afinada com todo esse grande programa de investimento em infraestrutura que está sendo feito', disse o ex-ministro.

 

Edição Beto Coura

 

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