Justiça da Austrália recomenda medidas disciplinares contra policiais que agrediram estudante brasileiro

14/11/2012 - 7h15

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Depois de oito meses da morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, durante ação policial na Austrália, a Justiça australiana recomendou hoje (14) medidas disciplinares contra os cinco policiais envolvidos no episódio. O estudante morreu depois de ser atingido por choques elétricos, em 18 de março.

A juíza de instrução Mary Jerram destacou que a morte de Curti podia ter sido evitada se não fosse o comportamento "imprudente" e "perigoso" dos policiais. Segundo ela, algumas provas apresentadas são insuficientes e recomendou que as ações dos agressores sejam analisadas pela Comissão de Integridade da Polícia.

O estudante foi morto durante uma perseguição policial, após o roubo de um pacote de bolachas em uma loja no centro da cidade de Sydney. Porém, a juíza Mary Jerram disse que não foi possível determinar a causa exata da morte de Curti. Há informações de que o estudante fez uso de  LSD e teve alucinações.

Curti morava em Sydney há menos de um ano e foi para a Austrália estudar inglês. Ele dividia a moradia com amigos, mas tinha uma irmã vivendo na cidade e casada com australiano. O Ministério das Relações Exteriores, a Embaixada do Brasil na Austrália e o consulado em Sydney acompanham os desdobramentos do caso.

Em março, quando o estudante morreu, o cônsul-geral do Brasil na Austrália, Américo Fontenelle, acompanhou pessoalmente as investigações em contato a família de Curti, segundo informações do Itamaraty.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

Edição: Graça Adjuto