No Rio, operação de combate ao crack retira 29 pessoas da rua

09/11/2012 - 13h17

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Em mais uma operação de combate ao consumo de crack, a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro retirou hoje (9) do entorno da comunidade Parque União, zona norte da cidade, 29 usuários da droga, entre eles, um adolescente e uma criança que estava muito debilitada.

Apoiados pela Polícia Militar, os agentes da secretaria encontraram dificuldades na abordagem devido à grande concentração de dependentes químicos no local. A operação ocorreu às margens da Avenida Brasil, onde há vários acampamentos improvisados com sofás velhos e pedaços de madeira. Algumas pessoas correram pela via, uma das mais movimentadas da capital fluminense. A fuga entre os carros quase resultou em acidentes, pois muitos motoristas ficaram assustados com a movimentação.

De acordo com a secretaria, com a pacificação do Complexo da Maré e da Favela do Jacarezinho, muitos usuários de crack migraram para outros locais, principalmente para a comunidade do Parque União, onde as ações foram intensificadas. Somente nesta semana, mais duas ações tinham sido feitas.

“Eles migraram para cá e aumentaram esse número de forma bem acentuada. As operação vão continuar até a gente avançar nessa questão social tão grave para a população”, disse Quésia Britânia, coordenadora da Secretaria de Assistência Social.

Observando a operação a distância, o aposentado José Machado, de 77 anos, relatou que todos os dias a movimentação de usuários de crack no local é grande. Apesar de se mostrar receoso com a presença dos usuários, Machado disse ter pena das pessoas que vivem naquela situação.

“Eles roubam para comprar a droga. Eu tenho pena. É um ser humano, a situação está difícil, o volume de pessoas nesse vício está muito grande. Uma das melhores soluções é internação obrigatório”, destacou.

Todos os acolhidos foram levados para uma central de triagem da prefeitura. Os adultos vão para abrigos municipais, mas a permanência ainda não é obrigatória. Já os menores, caso seja comprovada a dependência química, são levados para centros de reabilitação compulsórios.

Após a operação, muitos usuários voltaram a se aglomerar e usar crack nos locais onde ocorreu a ação.

Edição: Juliana Andrade