Na reta final, Obama se apoia na mobilização de eleitores e Romney, na TV

27/10/2012 - 11h15

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Na reta final da campanha eleitoral, os dois principais candidatos à Presidência dos Estados Unidos tentam conseguir o apoio dos eleitores indecisos para garantir a maioria dos votos no colégio eleitoral. Segundo o pesquisador Chris Galdieri, do Saint Anselm College, tradicional instituição de estudos políticos de New Hampshire, nesta fase, o democrata Barack Obama vai se apoiar principalmente na mobilização dos eleitores.

O republicano Mitt Romney, por sua vez, aposta em uma presença massiva na televisão e no bom desempenho obtido após o debate em Denver. “Em ambos os lados, SuperPACs [comitês de ação política, que fazem propaganda em nome dos candidatos] estão gastando milhões em propagandas de ataque [ao adversário]”, disse Galdieri.

De acordo com o pesquisador, a disputa deve continuar apertada até o dia das eleições, 6 de novembro, e qualquer descolamento de um candidato nas pesquisas de intenção de voto nos próximos dias, provavelmente, significará sua vitória nas urnas.

Para Galdieri, “emprego e economia” são os assuntos que mais preocupam o eleitor americano. Por isso, grande parte do debate eleitoral nos Estados Unidos girou em torno da geração de empregos e da recuperação econômica do país.

“O presidente Obama argumenta que estamos vendo uma lenta, mas estável recuperação, graças a suas políticas, como o projeto de lei de recuperação e estímulo econômico aprovado em 2009, e que outro mandato permitirá a ele assegurar que a recuperação continue. O governador Romney argumenta que a recuperação está sendo muito lenta e prejudicada pelas políticas de Obama e pelos gastos e regulações do governo”, acrescenta.

Galdieri acredita que, se vencer a eleição, Romney focará em uma política externa “mais agressiva”, no corte dos gastos governamentais, em mudanças dramáticas em programas sociais como Medicare e Medicaid (programas de assistência à saúde governamentais) e na anulação do projeto de Obama de universalizar o acesso a planos de saúde, apelidado de “Obamacare”.

Já Obama, caso seja reeleito, cumprirá um mandato menos calcado em mudanças e mais na manutenção do curso de seus primeiros quatro anos de governo. Galdieri aposta que o candidato democrata tentará mudar a estrutura de impostos e os padrões de gastos do governo.

Edição: Nádia Franco