Estudantes aprendem gestão empresarial e brincam de montar miniempresas

27/10/2012 - 16h52

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Mais uma turma de 180 alunos do ensino médio e fundamental, de escolas públicas e privadas do Distrito Federal, iniciou hoje (27) aprendizado de educação prática em economia e negócios sem fins lucrativos. Reunidos no Conjunto Nacional, eles ouviram palestras de dirigentes empresariais, no período da manhã, e à tarde “brincaram” de montar nove miniempresas, que terão continuidade nas escolas.

A programação, coordenada pela Junior Achievement (JA), organização de educação prática que atua em todos os estados brasileiros desde 2004, e também em 120 países, objetiva desenvolver o espírito empreendedor nos jovens, por meio de práticas com foco em negócios e na sustentabilidade do meio ambiente, de acordo com a diretora executiva do Grupo Sabin, Janete Ribeiro Vaz, e cofundadora da JA-DF, uma das palestrantes deste sábado.

Segundo ela, o programa conta com respaldo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF), além do apoio financeiro de 22 empresas locais, com mensalidades de R$ 1,5 mil. A estrutura é idêntica à que opera  em todos os estados e que possibilitou levar conhecimentos práticos de economia a quase 3 milhões de adolescentes do país em oito anos, dos quais 90 mil no DF. O movimento está aberto à participação dos empresários que o desejarem, ressaltou Janete.

Com discursos de autoajuda, os empresários palestrantes tentam incutir mensagens positivas na cabeça dos jovens, de modo a trabalhar o potencial de cada um. E é com esse “espírito para cima”, como disse o estudante Arthur Nonato, 15 anos, do Centro Educacional Sigma, que a maioria participa da programação, que “foi além das minhas expectativas”. Percepção semelhante à de Erick Majuri, 17 anos, do La Salle, que pretende abrir negócio próprio mais à frente e não sabe ainda de quê, mas já quer se familiarizar com as questões de governança empresarial.

Empolgada, Amanda Boaventura, 16 anos, também do Sigma, se apresenta como “empresária” da Carregarte, que há três meses funciona na escola. Ela fabrica suporte de carregadores de celulares, oferecidos na internet ou nos eventos organizados na própria escola, como o festival de música que vai ocorrer dia 11 de novembro. “A gente é obrigada a enxergar lá na frente”, diz ela.

A programação da Junior Achievement recebe aplausos também dos pais de alunos, que veem no aprendizado prático uma “abertura de novos horizontes, que pode ajudar os jovens a descobrir caminhos para o futuro. É muito importante nesta idade da indefinição”, segundo Conceição Aparecida de Oliveira, que aguardava a saída da filha Stella Aparecida Diniz de Oliveira, 16 anos. A estudante se disse interessada em aprender tudo sobre educação financeira e empreendedorismo.

Edição: José Romildo