Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
 

Brasília – Depois de passar os últimos dias em Israel e na Palestina, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, está hoje (16) na Jordânia. Patriota já se reuniu com o rei Abdullah II e o ministro das Relações Exteriores, Nasser Judeh. Ambos agradeceram o apoio do Brasil nas negociações em busca de paz no Oriente Médio.

Abdullah lembrou uma conversa considerada por ele positiva com a presidenta Dilma Rousseff, em Lima, no Peru, durante a 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul–Países Árabes (Aspa). Dilma, na ocasião, ressaltou a necessidade de buscar a paz sem intervenção militar nem ingerência externas.

A visita de Patriota ocorre no momento em que a Jordânia vive uma série de mudanças políticas e econômicas. Abdullah II dissolveu o Parlamento e anunciou a antecipação das eleições legislativas para uma data a ser definida. A medida gerou protestos e reações lideradas pela Irmandade Muçulmana, principal oposição ao rei no país.

Porém, Abdullah II disse que a maior parte da população apoia suas decisões. O rei agradeceu o apoio dado pelo governo brasileiro na busca de um acordo de paz no Oriente Médio. O chanceler jordaniano lembrou que o Brasil pode desempenhar um papel de relevância nas negociações para o fim dos conflitos na região.

A Jordânia é um dos principais locais de refúgio para os sírios que tentam escapar da crise que atinge a Síria há 19 meses e matou mais de 33 mil pessoas. A estimativa é que o número de refugiados sírios ultrapasse 300 mil.

A crise na Síria virou tema internacional e assunto mencionado em todas as discussões envolvendo líderes políticos. Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o fim da violência na região e a busca por um acordo de paz, sem interferência externa militar.

Edição: Juliana Andrade