Portaria oficializa indicação de O Palhaço como candidato brasileiro a Oscar de filme estrangeiro

28/09/2012 - 12h50

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Portaria do Ministério da Cultura, publicada hoje (28) no Diário Oficial da União, oficializa a indicação do filme O Palhaço como candidato brasileiro a uma das cinco vagas para as produções que irão disputar o prêmio de Melhor Filme de Língua Estrangeira da próxima edição do Oscar.

A escolha dos sete membros da comissão especial criada pela Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura, já havia sido anunciada na semana passada. Já a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas só deve anunciar em janeiro de 2013 as cinco obras escolhidas para concorrer ao Oscar 2013 na categoria de melhor filme estrangeiro.

Primeiro longa-metragem dirigido pelo ator Selton Mello, O Palhaço conta a história de Benjamim (o próprio Mello), um palhaço que, estressado com a responsabilidade de administrar o circo da família, atravessa uma crise de identidade e decide abandonar a profissão e os companheiros.

Produzido pela Bananeira Filmes e pela Globo Filmes, a produção concorreu a indicação brasileira com outros 15 títulos: À Beira do Caminho; Billi Pig, Capitães de Areia, Corações Sujos, Dois Coelhos, Heleno, Elvis & Madona, Histórias Que Só Existem Quando Lembradas, Luz Nas Trevas, Menos Que Nada, Meu País, O Carteiro, Paraísos Artificiais e Xingu.

Segundo a empresa responsável por distribuir a obra aos cinemas brasileiros, a Imagem Filmes, o produção levou 1,4 milhão de pessoas às salas de cinema, arrecadando, no Brasil, R$ 13,4 milhões. Além disso, o filme, considerado autoral, foi bem recebido em festivais cinematográficos.

“Saber o que o americano vai querer ver e gostar daqui a seis meses é difícil. A gente procurou escolher o melhor filme, apresentado ao mercado brasileiro e com potencial de mercado internacional. O filme tem potencial de exibir internacionalmente? Tem. Então, ele pode concorrer ao Oscar”, disse, na semana passada, o sócio da Academia Brasileira de Cinema e diretor executivo da Globo Filmes, Carlos Eduardo Rodrigues, um dos sete membros da comissão responsável pela escolha final.

Edição: Talita Cavalcante