Movimento nas casas lotéricas de Brasília ainda não foi afetado pela greve dos bancários

20/09/2012 - 20h00

Da Agência Brasil

Brasília – No terceiro dia de greve dos bancários, as casas lotéricas da área central de Brasília, ainda não registraram aumentos significativos no número de atendimentos. A expectativa dos donos dos estabelecimentos é que o movimento aumente no início do mês, quando vence a maior parte das contas de serviços públicos, caso a greve dos bancários continue.

O gerente de um estabelecimento localizado na área central de Brasília, Antônio Alves, diz que o baixo movimento já era esperado. “Depois do dia 15, há poucos pagamentos. Geralmente, as contas vencem nos primeiros dias do mês, então, é normal que o movimento esteja fraco”, diz.

“Se os bancários continuarem em greve até a próxima semana, vamos ter bastante movimento, principalmente, no começo de outubro, porque é neste período do mês em que temos mais movimento”, disse.

A atendente Maria Figueredo, que trabalha em outra casa lotérica, também na área central da capital, disse que o movimento não foi alterado. “A maior procura é dos serviços de lotérica mesmo, como apostas em jogos, raspadinhas, essas coisas”, diz a atendente.

Maria diz que outros meios de pagamento devem estar sendo privilegiados pelos cidadãos neste período de greve. “Hoje há varias formas de pagar as contas. Pode-se usar a internet e até as próprias lojas oferecem esse serviço, então as casas lotéricas estão bem tranquilas”, diz.

A auxiliar de manutenção, Carolina Almeida, que estava em uma lotérica, disse que esperava encontrar uma fila maior. “Pensava que iria demorar muito o atendimento, mas está tranquilo. Só não sei até quando isso vai durar”, disse.

Segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), até o final da tarde de ontem (19), 8.527 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal estavam fechadas devido à greve. O país tem 21.713 agências bancárias, de acordo com dados do Banco Central.

Edição: Fábio Massalli