Advogado de Kátia Rabello, ex-dirigente do Banco Rural, fala no julgamento do mensalão

07/08/2012 - 19h41

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O advogado José Carlos Dias, defensor da ex-dirigente do Banco Rural Kátia Rabello, deve argumentar que não há provas autônomas que demonstrem vínculo estável e permanente com finalidade criminosa entre gestores do Rural e os demais réus no processo do mensalão, que está sendo julgado hoje (7) no Supremo Tribunal Federal.

Kátia Rabello foi acusada por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a ex-dirigente do Banco Rural integrava o núcleo financeiro, juntamente com José Augusto Dumond, José Roberto Salgado, Ayanna Tenório e Vinicius Samarane, principais dirigentes dos Banco Rural à época.

A denúncia do MPF diz que o grupo visava à obtenção de vantagens indevidas e proporcionaram aos outros dois núcleos (político e operacional) o aporte de recursos que viabilizou a prática dos diversos crimes mediante empréstimos simulados, além de viabilizarem os mecanismos de lavagem que permitiu o repasse dos valores a políticos.

A defesa de Kátia Rebello deve ser a última do dia. Na sessão de hoje também foram ouvidos os advogados de Cristiano Mello Paz, empresário e sócio de Marcos Valério de Souza, Rogério Lanza Tolentino, advogado ligado a Marcos Valério, Simone Reis Lobo de Vasconcelos, ex-diretora financeira da empresa de publicidade SMP&B e Geiza Dias dos Santos, ex-gerente financeira da SMP&B.
 

Edição: Rivadavia Severo