Brasil indica economista Ivan Ramalho para alto representante do Mercosul

30/07/2012 - 19h06

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo do Brasil vai sugerir hoje (30) o nome do economista brasileiro Ivan Ramalho, ex-secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, como alto representante do Mercosul.

A sugestão ocorrerá durante reunião dos ministros de Relações Exteriores do Mercosul – Brasil, Argentina,  Uruguai e Venezuela – que começou por volta das 17h30. O nome de Ramalho será submetido à análise pelos demais chanceleres.

O alto representante do Mercosul é responsável pela interlocução com negociadores externos, como empresários, países de fora do bloco, universidades e demais interessados em aproximações com o grupo. O papel era desempenhado pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que foi secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os ministros das Relações Exteriores Antonio Patriota (Brasil), Héctor Timerman (Argentina), Luis Almagro (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela) estão reunidos no Itamaraty. A previsão é que a reunião dure cerca de duas horas e meia. Não há confirmação de declaração à imprensa ao final do encontro.

A reunião dos chanceleres antecede a solenidade que oficializa a incorporação da Venezuela no Mercosul. A cerimônia ocorrerá amanhã (31) pela manhã no Palácio do Planalto, depois haverá um almoço no Ministério das Relações Exteriores, no Itamaraty. A previsão é que os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai) cheguem ainda esta noite. Todos participam da solenidade amanhã.

Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com uma população de 270 milhões de habitantes (70% da população da América do Sul), registrando um Produto Interno Bruto (PIB), a preços correntes, de US$ 3,3 trilhões (o equivalente a 83,2% do PIB sul-americano) e um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados (72% da área da América do Sul).

O Paraguai está suspenso do Mercosul até abril de 2013 depois do impeachment do presidente Fernando Lugo em junho.

Edição: Fábio Massalli