Paraenses participam do Projeto Rondon para se tornarem multiplicadores de conhecimento

14/07/2012 - 13h23

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Belém – Os moradores dos municípios paraenses que participam das atividades do Projeto Rondon estão ajudando a multiplicar os conhecimentos adquiridos. O agente comunitário de saúde do município paraense de Curuçá José Roberto Souza da Conceição, 28 anos, recebeu orientações sobre saúde e aprendeu a cuidar melhor da alimentação.  “Espero que [o projeto] aconteça várias vezes. Estou pegando as aulas com os professores para passar aos colegas e transmitir à comunidade."

Até o dia 22, 380 rondonistas, entre estudantes e professores universitários, participam como voluntários da Operação Açaí, no Pará. Eles desenvolvem atividades com comunidades carentes espalhadas pelo Brasil. A operação, que começou no último dia 6, abrange 19 municípios paraenses e conta com a participação de representantes de 38 instituições de ensino superior de nove estados e do Distrito Federal. 

Para o guarda municipal de Curuçá Francisco Assis dos Santos Neto, 30 anos, as ações do projeto são uma oportunidade para ajudar na profissionalização dos moradores da cidade. O município não tem faculdades e nem cursos profissionalizantes.  “As oportunidades aqui são poucas e quando aparece uma chance de se profissionalizar, enriquece o currículo. Aqui não temos esses cursos. Temos de sair do município e procurar Castanhal ou Belém, que já tem uma demanda maior.”

De acordo com o professor do Centro Universitário Internacional de Curitiba (Uninter) Jack de Castro Holmer, 27 anos, que está atuando no município de Bonito, o foco do projeto é formar multiplicadores nas comunidades. Além disso, apoiar na formação pessoal dos estudantes universitários. “Eles valorizam pequenas coisas. Para mim, o Projeto Rondon é isso: saber como resolver essas crises dentro do convívio dos universitários. Quando a gente volta, consegue aproveitar muito.”

A conselheira tutelar de Ipixuna do Pará, Lucimar Freire da Silva, 36 anos, também pretende repassar o conhecimento para os colegas. Ela participou assiduamente das oficinas e já aprendeu a oratória, a cuidar da refeição e como montar uma associação. “Está maravilhoso, não perco um dia. Fico ansiosa para vir. Como eu trabalho no conselho tutelar, tem muitas áreas que chamam a minha atenção em relação às crianças e aos adolescentes que aprendo.”

Edição: Carolina Pimentel