Petrobras apresenta atletas selecionados para receber patrocínio nos Jogos Olímpicos

04/07/2012 - 19h10

Guilherme Jeronymo
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Petrobras apresentou hoje (4), em sua sede, alguns dos atletas que terão seu apoio nos Jogos Olímpicos de Londres, que começam no dia 26 deste mês. Segundo o gerente de Patrocínio Esportivo da empresa, Claudio Thompson, o Programa Petrobras Esporte & Cidadania deu prioridade a atletas que não tiveram nenhum incentivo até hoje e que podem competir por um bom número de medalhas. “O esporte individual dá muita medalha para um país", disse Thompson.

O programa distribui bolsas de R$ 1.250 a R$ 3.100, desde o ano passado, a 110 atletas ligados às  confederações de boxe, esgrima, levantamento de peso, remo e taekwondo. A aposta mostrou resultados expressivos: dos cerca de 260 atletas brasileiros que viajarão para os Jogos, 21 são beneficiários do programa, que, além de bolsas, dá assistência médica e odontológica e custeia a participação deles inclusive em competições fora do país.

O boxe teve o maior número de selecionados. Foram dez, incluindo três mulheres. No grupo, o clima é positivo, de confiança. “Nosso foco é preparar os atletas para que eles cheguem lá com competência para disputar a medalha. E eles sabem disso, sabem que podem subir ao ringue e dizer ‘eu vim buscar medalha’, porque treinaram para isso”, afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Mauro José da Silva.

Fabiana Beltrame, atleta do remo, que vai aos Jogos pela segunda vez, considera fundamental o patrocínio, sobretudo em modalidades desportivas pouco divulgadas. "Eu, durante todos estes anos, não consegui. É a primeira vez que tenho um patrocínio, e isso dá muita tranquilidade para treinar e, principalmente, para competir fora.”

Outro “veterano” entre os atletas classificados é Diogo Silva, do taekwondo, que chegou à semifinal nos Jogos de Atenas, em 2004. “Nossa camiseta não está mais branca, tem um logo [logotipo], temos pessoas trabalhando", disse Diogo. O atleta lembra que, quando foi para os Jogos de Atenas, ninguém tinha ideia de que esporte ele era, nem de quem era ele, mas estão acompanhando o taekwondo. "O esporte está aparecendo, ele  existe, nós existimos e podemos obter grandes resultados em Londres, ou no Rio, em 2016”, ressaltou Diogo, que foi  medalha de bronze no Pré-Olímpico do Azerbaijão, no ano passado.

Embora a ideia tenha surgido na própria Petrobras, o projeto foi proposto para a Lei de Incentivo ao Esporte pela presidente da Instituto Passe de Mágica, Maria Paula Gonçalves, a “Magic Paula" da seleção brasileira de basquete, com apoio das confederações. Paula reforçou que foco é no atleta, na estrutura para que ele se mantenha, apesar de lidar com alguns limites. “Isso reflete muito na autoestima, na preparação do atleta.”

Ela explicou que o valor do salário tem um limite, um teto, fixado levando em conta o que já existe no Bolsa Atleta, programa do governo federal. “O valor do salário foi um limite, um teto, que o Ministério deu em cima do que já existe no Bolsa Atleta, do governo federal. Gostaríamos de beneficiar esses atletas de ponta com um salário melhor do o que temos no  projeto, mas este foi o limite aprovado”, disse Paula. No programa do governo, as bolsas variam de R$ 370 a R$ 3.100.

Thompson destacou que o apoio aos atletas foi analisado e que, na escolha das modalidades benfeciadas pelo programa, foi considerado o fato de que as cinco vão distribuir 180 medalhas nos Jogos Olímpicos.

No ano passado, a Petrobras investiu R$ 12 milhões no programa, dos quais cerca de R$ 9 milhões foram efetivamente utilizados. Neste ano, o total pode chegar a R$ 18 milhões. Claudio Thompson disse que, embora a empresa esteja revendo uma série de patrocínios na área cultural, no esporte, não haverá alterações.

Edição: Nádia Franco//Matéria alterada às 18h36 para esclarecimento de informações