CPMI do Cachoeira: dos quatro depoimentos previstos, apenas um deverá ocorrer

03/07/2012 - 9h59

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Dos quatro depoimentos marcados para hoje (3) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, apenas um deverá ocorrer. Uma testemunha apresentou atestado médico para não comparecer e duas outras não foram localizadas pela CPMI para entregar a convocação.

Os deputados e senadores da CPMI só terão a oportunidade de ouvir o depoimento da empresária Ana Cardozo de Lorenzo, sócia da Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado, empresa contratada na campanha de 2010 do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Essa empresa recebeu depósitos da Alberto&Pantoja, indicada pela Polícia Federal como empresa fantasma do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Os agentes da Polícia Legislativa não conseguiram notificar o ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás, Edivaldo Cardoso. A alegação é que ele estava em viagem. Cardoso teria sido indicado ao cargo por Cachoeira. No relatório dos policiais entregue à CPI, eles informaram que a empregada da casa de Cardoso, em Goiânia, disse que tinha ordem para nem receber nem assinar qualquer documento.

A empresária Rosely Pantoja também não foi localizada. Ela é responsável pela empresa Alberto&Pantoja. De acordo com o relatório dos policiais entregue à CPMI, o irmão de Rosely, Carlos Alberto Rodrigues da Silva, informou que há dois anos não sabe o paradeiro dela.

O único a apresentar atestado médico hoje foi Joaquim Gomes Thomé Neto, que passou por um exame de cateterismo no último dia 26. Ele é apontado pela Polícia Federal como responsável pelas escutas clandestinas que auxiliavam o esquema comandado por Cachoeira. No atestado médico encaminhado à CPMI, ele alegou apresentar um quadro de "oscilação de pressão e tonturas sucessivas”.

Edição: Talita Cavalcante