Região Sul registra 65 mortes de pacientes com o vírus Influenza H1N1 desde janeiro

02/07/2012 - 20h19

Fernando César Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Curitiba – Com três mortes confirmadas nesta segunda-feira (2) no Rio Grande do Sul e uma no Paraná, subiu para 65 o total de pacientes que morreram este ano após contrair o vírus Influenza H1N1 na Região Sul do país. São 38 mortes em Santa Catarina, 14 no Paraná e 13 no Rio Grande do Sul.

Em 2009, auge da pandemia, a região registrou 789 mortes causadas pela influenza A H1N1 - gripe suína. Conforme dados do Ministério da Saúde, o total caiu para 21 mortes em 2010 e para 14 em 2011.

As demais regiões do país registraram 31 mortes este ano, de acordo com tabela do ministério atualizada até último dia 25.

Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná, a morte mais recente foi confirmada em Londrina. O paciente tinha 49 anos e era portador de doenças crônicas.

Já a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul registrou óbitos nas cidades de São Borja, Canoas e Salto do Jacuí. As três vítimas tinham 25, 54 e 62 anos de idade. Uma apresentava obesidade (a que tinha 25 anos), outra não tinha nenhuma doença associada (a de 54) e a terceira, a mais velha, era diabética e não havia se vacinado, embora pertencesse ao grupo vulnerável, dos idosos com mais de 60 anos.

O fim da pandemia foi decretado em agosto de 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde então, o subtipo A (H1N1) segue circulando em todo o mundo e produzindo surtos localizados. A maioria das pessoas já está protegida, seja porque tiveram a infecção natural ou porque se vacinaram.

O Brasil registrou 2.060 mortes provocadas pela doença em 2009, 113 em 2010 e 27 em 2011. Apesar do aumento de casos em relação aos últimos dois anos, as autoridades de saúde garantem que a situação está sob controle.

O Ministério da Saúde está remanejando doses da vacina para os estados da Região Sul, mais afetados pela doença. O clima frio facilita a circulação do vírus. A recomendação é manter a vacinação dos grupos de risco, entre eles gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 2 anos.

Os médicos estão orientados a prescrever o medicamento antiviral oseltamivir, conhecido pela marca Tamiflu, a todos pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames ou sinais de agravamento. O medicamento foi disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para as redes pública e privada.

Os sintomas da síndrome gripal são surgimento simultâneo de febre, tosse ou dor de garganta, somados a dor de cabeça, dores musculares ou nas articulações. Entre as orientações para se prevenir contra o vírus da gripe estão lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável. Em caso de síndrome gripal, a orientação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A medicação é mais efetiva nas primeiras 48 horas da doença.

Edição: Fábio Massalli