Em videoconferência, Dilma defende mais comércio entre Mercosul e China para enfrentar crise mundial

25/06/2012 - 19h03

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (25) o fortalecimento das relações comerciais entre o Mercosul e a China para enfrentar a crise financeira internacional, que atinge principalmente as economias da Europa e dos Estados Unidos.

Dilma fez o pronunciamento ao participar de videoconferência organizada e transmitida via internet pela Presidência da Argentina. Também participaram da conferência virtual a própria presidenta Cristina Kirchner, o presidente do Uruguai, Pepe Mujica, e o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, que está na Argentina em visita oficial.

“Essa relação tem um caráter muito estratégico. Sabemos que os dois grandes mercados, Europa e Estados Unidos, estão com seu potencial muito comprometido, então é estratégico construir uma relação muito produtiva entre nossos países e a China”, avaliou Dilma.

Cristina Kirchner também defendeu a articulação entre as economias emergentes para enfrentar as consequências da desaceleração do crescimento global por causa da crise. “Pudemos comprovar que as duas economias em crise, a Eurozona e os Estados Unidos, não deram respostas satisfatórias para as economias emergentes, que sustentaram na ultima década o crescimento da economia global”.

A presidenta argentina disse ainda que a articulação com a China pode dar aos países da América do Sul a oportunidade de mudar o perfil de suas economias. “Nossa vinculação com a China é uma oportunidade histórica para lançar um grande desafio que é não sermos apenas produtores de matérias-primas, mas também agregar valor a nossa matéria-prima, porque temos que criar empregos para a nossa gente”, ponderou.

Durante a Cúpula do Mercosul, em Mendoza, que ocorre quinta (28) e sexta-feira (29), os países sul-americanos deverão validar uma declaração sobre o fortalecimento das relações comerciais entre o bloco e a China. Na videoconferência, Cristina, Dilma e Mujica não trataram da crise no Paraguai.

Edição: Davi Oliveira