Rio+20 destaca erradicação da pobreza associada ao desenvolvimento sustentável, proposta defendida por Dilma

17/06/2012 - 12h45

Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
Enviadas especiais da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Surtiu efeito o alerta feito pela presidenta Dilma Rousseff em eventos internacionais e nas conversas com líderes políticos estrangeiros de que só há desenvolvimento sustentável com inclusão social e erradicação da pobreza. A versão preliminar do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) destaca a necessidade de esforços conjuntos para erradicar a pobreza, mencionada nos seis capítulos, ao longo de 50 páginas.

O texto alerta que uma em cada cinco pessoas no mundo sofre com a falta de comida e que mais de 1 bilhão de pessoas vivem em extrema pobreza. Pelo menos 14% da população mundial, segundo o material preliminar, estão subnutridos.
 
“Reconhecemos que a população mundial projetada para exceder 9 bilhões em 2050, sendo que cerca de dois terços vivem em cidades,  precisamos aumentar nossos esforços para alcançar o desenvolvimento sustentável, em especial, a erradicação da pobreza e da fome”, diz o texto.

No documento, os negociadores advertem ainda que é fundamental assegurar a governança global e o Estado de Direito em níveis interno e externo. Segundo o texto, é essencial manter um ambiente favorável para garantir o desenvolvimento sustentável inclusivo.

“Reafirmamos que, para alcançar nossos objetivos de desenvolvimento sustentável, precisamos de instituições em todos os níveis que são eficazes, transparentes, responsáveis e democráticas”, diz.

A versão preliminar alerta sobre melhorias na redução da pobreza em algumas regiões, mas adverte: “o progresso tem sido desigual e o número de pessoas vivendo na pobreza em alguns países continua aumentando”. Segundo os negociadores, as mulheres e crianças são as principais vítimas da pobreza.

“Enfatizamos a necessidade de ampliar as oportunidades de emprego e renda para todos, especialmente, para mulheres e homens que vivem na pobreza. Apoiamos os esforços nacionais para proporcionar novas oportunidades de emprego para os pobres em áreas rurais e urbanas, incluindo o apoio às pequenas e médias empresas”, diz o texto.

Edição: Andréa Quintiere

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