Na Rio+20, sorvete pode custar R$ 40 e há cartel para venda de água e refrigerantes

15/06/2012 - 7h38

Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
Enviadas especiais da Agência Brasil

Rio de Janeiro – No Riocentro, onde ocorrem as discussões políticas da  Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, há um universo paralelo. É o Pavilhão 2, no qual estão instalados 13 pequenos restaurantes, cinco quiosques e um supermercado. Nesse espaço, os serviços têm como base moedas estrangeiras – o dólar e o euro –, fazendo com que os preços dos alimentos e bebidas sejam superiores aos cobrado nas ruas das principais cidades do país.

Sem opção de escolha, porque o Riocentro está localizado em uma região isolada da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, quem participa da Rio+20 acaba sendo levado a submeter-se aos elevados preços cobrados nos estabelecimentos que estão na área da convenção.

O sorvete pode chegar a custar R$ 40. Segundo a placa informativa sobre preços, a taça é completa e tem vários sabores. Um simples cafezinho tem o valor cobrado em euro ou dólar – com direito à placa informativa indicando a cotação do dia.

Caso a fome aperte, as opções de massas rápidas, feitas no estilo fast food, e saladas ficam em torno de R$ 30. Uma fatia de pizza sai a R$ 10. Há ainda um cartel informal para a cobrança dos preços de refrigerantes e sucos em lata, assim como garrafas de 300 mililitros de água sem gás. Todos esses produtos custam R$ 5.

Para os que quiserem tentar uma opção mais em conta, a possibilidade é entrar no único restaurante que há no pavilhão. No mercado, os valores também estão acima dos praticados no comércio convencional. No entanto, é possível comprar um sanduíche natural por R$ 3,99 e uma maçã e pera a R$ 1.

Acompanhe a cobertura multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20.


Edição: Graça Adjuto