China quer excluir agravamento da crise na Síria das discussões do G20 no México

11/06/2012 - 8h13

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da China (o equivalente ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil), Cui Tiankai, defendeu hoje (11) que as discussões na Cúpula do G20 (que reúne as maiores economias do mundo), no México, nos próximos dias 18 e 19, sejam concentradas nos desdobramentos da crise econômica internacional. Os chineses não querem a inclusão do agravamento dos conflitos na Síria nos debates.

A China, a Rússia e o Irã são aliados históricos da Síria e resistem, por exemplo, à proposta de intervenção militar no país. Para os chineses, russos e iranianos, a comunidade internacional não deve interferir nos conflitos na Síria – que duram 15 meses e já deixaram mais de 10 mil mortos.

Segundo Cui Tiankai, o G20 não não é o local apropriado para discutir o assunto.“A situação na Síria é uma preocupação de todos, em nível global. No entanto, o G20 é uma plataforma para a governança econômica global e não temos visto questões políticas e de segurança na agenda do grupo”, disse ele.

Porém, em reuniões anteriores do G20, várias questões políticas e de direitos humanos foram debatidas e mencionadas no documento final, assinado pelos chefes de Estado e de Governo. A presidenta Dilma Rousseff confirmou presença nas discussões no México.

“A comunidade internacional tem grande interesse em saber se os problemas dos países desenvolvidos serão resolvidos de forma responsável e se melhorarão as perspetivas econômicas do mundo”, disse o vice-ministro da China.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto