ONU quer que Conselho de Segurança envie mais observadores à Síria

04/06/2012 - 7h57

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu ao Conselho de Segurança que considere o apelo da Liga Árabe para adotar uma ação mais forte e abrangente em relação à Síria. Segundo ele, é necessário “ajudar o povo sírio”, lembrando que o país está destruído em decorrência de 15 meses de conflitos, e ampliar a discussão para futuras ações.

Para Ban Ki-moon, é necessáro enviar mais observadores à Síria, além dos 300 que lá estão, e ampliar o prazo para adoção do plano. “Todas essas recomendações são muito importantes e espero que venham a ser discutidas pelos membros do Conselho de Segurança”, disse.

Por iniciativa da ONU e da Liga Árabe, foi apresentado em abril ao presidente sírio, Bashar  Al Assad, um plano de paz com seis pontos. Nele, o principal acordo é para encerrar a violência no país e adotar um cessar-fogo imediato. No entanto, a medida tem sido violada, segundo autoridades internacionais e observadores independentes.

Na semana passada, um massacre na região de Houla, no Centro da Síria, que matou 108 pessoas, inclusive crianças, gerou reações na comunidade internacional. Vários países da Europa, os Estados Unidos, o Japão e até a Turquia – antiga aliada dos sírios – expulsaram os diplomatas da Síria em protesto às reações do governo Assad.

No Oriente Médio, Assad também tem perdido aliados. O ministro das Relações Exteriores da  Arábia Saudita, Saud Al Faisal, criticou o presidente sírio por “tentar ganhar tempo e continuar a manipular”. A estimativa é que mais de 13,4 mil pessoas, a maioria civis, morreram em confrontos na Síria desde que começou a contestação popular ao regime de Assad, em março de 2011.

Os confrontos foram gerados por manifestações em defesa da renúncia de Assad e por denúncias de violações de direitos humanos e falta de liberdade de expressão e política na Síria. Assad reage e insiste em manter-se no poder.

Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto