Rio terá policiamento dobrado durante a Rio+20

21/05/2012 - 21h06

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Cerca de 6 mil policiais e bombeiros vão compor as forças de segurança do estado que farão o policiamento nas principais ruas e avenidas da cidade durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro, de 13 a 22 de junho. Serão cerca de 3 mil policiais a mais por dia trabalhando, no esquema de segurança que está sendo montado pelo governo estadual.

O anúncio foi feito hoje (21) pelo Palácio Guanabara. Para viabilizar o reforço no policiamento, o governo estadual vai usar, pela primeira vez, o regime adicional de serviço (RAS), que permite que policiais e bombeiros de folga sejam convocados para trabalhar em situações especiais e recebam pelas horas extras cumpridas.

As informações indicam, ainda, que as comunidades pacificadas – que vão receber visitas de delegações estrangeiras – também terão aumento no efetivo, com o remanejamento de horários de serviço dos policiais.

O governo esclareceu, no entanto, que, como se trata de um evento internacional, a coordenação do esquema de segurança ficará a cargo do governo federal. No Riocentro – onde ocorrerá o encontro oficial – a segurança ficará a cargo das polícias Federal e da Organização das Nações Unidas (ONU) e também das Forças Armadas.

Caberá às forças estaduais a segurança do entorno da Rio+20 e de eventos paralelos, como a Cúpula dos Povos. O governo do Rio esclareceu, no entanto, que a Polícia Militar terá postos de comando fixos no Riocentro, no Aterro do Flamengo, na Quinta da Boa Vista e no Píer Mauá. E a Polícia Civil montará delegacias temporárias no Aterro do Flamengo e na Quinta da Boa Vista.

Caberá ainda às Forças Armadas e às políciais estaduais reforçar o patrulhamento nos túneis e vias expressas, como as linhas Vermelha e Amarela. A pacificação das principais favelas da cidade, no entanto, tornará, na avaliação do governo do Rio, desnecessária a presença de tanques de guerra apontados para as comunidades, como forma de garantir a segurança de visitantes e chefes de Estado durante o evento, como ocorreu há 20 anos quando o Rio de Janeiro sediou a Rio92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.

Edição: Lana Cristina//O título foi alterado às 20h41