Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirma mortes no Hospital de Santa Maria

13/04/2012 - 21h30

Da Agência Brasil

Brasília – A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou hoje (13) a morte de quatro pessoas no leito 19 da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Santa Maria no período de julho de 2011 a janeiro deste ano. As mortes podem ter sido causadas pela troca de oxigênio por ar comprimido na tubulação do leito. As denúncias serão investigadas pela Polícia Civil.

Segundo o coordenador da UTI, Marcelo Maia, os pacientes que morreram no leito tinham em média 70 anos, e ficaram até 14 dias internados. As causas das mortes não foram divulgadas, mas ele disse que elas não têm relação com as denúncias de troca de oxigênio por ar comprimido nas tubulações. “Os óbitos foram dentro da expectativa de evolução dos casos. Metade dos casos do leito foi por choque séptico e a outra metade por choque cardiogênico”.

O secretário de Saúde, Rafael Barbosa, disse que a secretaria não tinha conhecimento da reforma na UTI que teria causado a falha no sistema de tubulação no leito. “A troca da tubulação é responsabilidade da Intensicare [empresa que administra a UTI do hospital]. Se for constatado erro, a empresa será punida”.

O governador Agnelo Queiroz avisou que haverá cobrança caso for constatado o erro na troca de gases. “Vamos designar um delegado para fazer essa investigação de forma rigorosa e cobrar daqueles que tiveram qualquer atitude que possa ter prejudicado os pacientes”, disse ele, durante visita ao Hospital de Base hoje.

Desde 20 de janeiro, o leito está interditado e só voltará a funcionar após a conclusão da investigação. Ontem, o ex-diretor administrativo do hospital, Ivan Rodrigues, pediu exoneração do cargo. De acordo com Barbosa, a renúncia não tem relação com as denúncias de irregularidades no leito, mas também será analisada.
 

Edição: Rivadavia Severo