Oito horas depois, linha da CPTM em SP é normalizada

29/03/2012 - 20h03

Bruno Bocchini

Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Oito horas depois de apresentar um defeito no sistema de alimentação elétrica, a circulação de trens na Linha 7 Rubi (Luz – Francisco Morato – Jundiaí), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), foi restabelecida totalmente. A paralisação teve início às 7 horas e se prolongou até as 10h, quando o funcionamento foi retomado parcialmente. Apenas às 15 horas o sistema todo voltou a operar.

De acordo com a CPTM, a linha demorou para retomar o funcionamento devido aos usuários que desceram dos trens e tomaram os trilhos. “Por questão de segurança, a circulação de trens que vinha ocorrendo parcialmente teve de ser interrompida, o que provocou lotação nas estações dessa linha”, informou a companhia, em nota.

Na estação de Francisco Morato usuários exaltados quebraram catracas e validadores de passagens. A estação acabou sendo fechada e a Polícia Militar, acionada. Apenas às 15 horas, o local foi reaberto. No início da noite, a estação estava aberta e os usuários podiam embarcar nos trens sem pagar a passagem devido a falta de catracas.

Durante o dia, para atender aos usuários que necessitavam acessar a região de Francisco Morato, a CPTM acionou a operação de ônibus gratuitos, que transitaram na mesma rota dos trens.

“A CPTM esclarece que herdou sistemas antigos, os quais estão recebendo altos investimentos para sua modernização. Somente neste ano serão mais R$ 1 bilhão para obras de infraestrutura (sinalização, telecomunicações, energia, rede aérea, via permanente e construção de passarelas), além da modernização das estações mais antigas e da frota de trens”, informou a companhia em nota.

A companhia ainda destacou que a rede aérea de energia e os sistemas de alimentação elétrica dos trens estão sendo trocados, bem como novas subestações de energia estão sendo construídas em todas as linhas.

“Já está em fase de conclusão a licitação para contratação de projeto executivo, fabricação, fornecimento e instalação de novas subestações para as seis linhas, cujos investimentos são da ordem de R$ 664 milhões. Atualmente a CPTM possui 24 subestações elétricas para energia de tração, número que deverá chegar a 30 com a implantação das subestações em andamento e as que estão em licitação”.

No primeiro trimestre de 2012, a CPTM registrou 15 ocorrências que prejudicaram o funcionamento normal dos trens. Quatro dessas ocorrências foram provocadas por falha no sistema de alimentação elétrica. As demais, segundo a CPTM, foram causadas por fatores externos, como alagamento e falhas nas composições.

Edição: Fábio Massalli