Embaixadora na ONU diz que Brasil está preocupado com violência na Síria

14/02/2012 - 17h56

Luciana Lima

Repórter da Agência Brasil

Brasília - A embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse hoje (13) que o governo brasileiro está preocupado com a situação na Síria. Em discurso na sessão da Assembleia Geral da ONU, ela classificou o cenário de violência no país como "extremamente grave".

"O governo brasileiro está profundamente preocupado com a rápida deterioração da situação na Síria. O nível de violência que vemos agora [no país] é extremamente grave. Episódios recentes em Homs e em outras cidades são particularmente perturbadores. Reiteramos o nosso repúdio à violência e às violações de direitos humanos na Síria e o nosso total apoio ao trabalho da alta comissária para os Direitos Humanos e da Comissão de Investigação instituída pelo Conselho de Direitos Humanos", disse a embaixadora.

Maria LuizaViotti declarou ainda que a solução do conflito na Síria deve ser conduzida pelos próprios sírios. "A solução para o conflito sírio requer um processo político conduzido pelos próprios sírios. O governo deve fazer mais e agir mais depressa para estabelecer as condições necessárias para o início as negociações".

"A ONU deve mandar uma mensagem clara e uníssona de condenação às violações de direitos humanos, ao mesmo tempo em que apoia os esforços da Liga Árabe e a situação central do processo político liderado pelos sírios", disse.

A embaixadora brasileira pediu ainda o fim imediato da repressão política contra os opositores do governo do presidente Bashar Al Assad. "A repressão política deve cessar de imediato. As reformas devem permitir mudanças reais e tempestivas, capazes de promover uma governança mais democrática. A oposição deve contribuir por meio de um engajamento construtivo, assim que condições apropriadas sejam estabelecidas. O futuro da Síria está obviamente na mão dos sírios, mas a comunidade internacional pode e deve ajudar", declarou. “A comunidade internacional não deve poupar esforços diplomáticos e precisa buscar uma plataforma de consenso. O Brasil está pronto para dar a sua contribuição", completou Maria Luiza Viotti.

 

Edição: Aécio Amado